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Empresários da Construção estão insatisfeitos com as condições de negócio, apesar de manterem o otimismo

Diante das perspectivas de maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, os empresários da Construção Civil seguem otimistas quanto ao desempenho de seus negócios. Em abril, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) registrou 53 pontos. No indicador, números acima de 50 pontos são positivos. Contudo, houve recuo em relação aos 53,7 pontos apurados no mês de março e também frente aos 59,3 pontos registrados em abril de 2012. Isso sinaliza uma maior cautela por parte dos empresários.

Neste início de ano, a indústria da Construção ainda está sentindo os efeitos do baixo crescimento do Brasil em 2012, quando a variação do PIB ficou em 0,9%. O cenário de instabilidade e a inflação persistente são fatores que têm feito os gestores acompanharem bem mais de perto o mercado. Por outro lado, as estimativas de analistas e instituições que apontam um crescimento de 3% da economia brasileira em 2013 tem sustentado o otimismo no setor. 

De acordo com o coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), economista Daniel Furletti, o Iceicon mede o humor e o sentimento do empresário com relação à sua empresa e ao cenário macroeconômico. “A retomada do crescimento por parte da economia brasileira vai criar uma ambiente de negócios favorável para a indústria da Construção. Por isso, os empresários estão confiantes”, afirma.

Os empresários do setor permanecem insatisfeitos com as condições atuais de negócio, pois o índice ficou em 44,4 pontos em abril, sexto mês consecutivo abaixo da linha dos 50 pontos. O resultado foi influenciado pela percepção negativa dos empresários em relação às condições atuais de negócio na economia brasileira, com 37 pontos; no Estado, com 37,9 pontos; e na empresa, com 47,8 pontos.

As expectativas para os próximos seis meses continuaram positivas com índice de 57,3 pontos, apesar da piora na comparação com março, quando foram registrados 58,7 pontos, e especialmente diante dos 64,8 pontos do mês de abril 2012. A confiança na própria empresa impulsionou o resultado com 61 pontos, seguida pelo otimismo em relação à economia mineira, 50,8 pontos. Em relação à economia do País, os empresários se mostraram pessimistas, pois o indicador fechou em 49 pontos.

Sondagem também aponta confiança nos negócios futuros 

Os números da Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais em março apresentaram retração em alguns indicadores em relação a fevereiro. Contudo, a pesquisa também captou índices positivos em relação à expectativa para os próximos seis meses. Os números sinalizam que os empresários esperam uma retomada mais forte do crescimento no setor. 

Em março, o nível de atividade em relação ao mês anterior ficou em 45,5 pontos, uma queda de 3,5 pontos na comparação com os 49 pontos de fevereiro. O nível de atividade em relação ao usual para o período também apresentou queda de 41,8 para 41,1 pontos. Por outro lado, o índice em relação número de empregados apresentou alta de 42,4 para 47,4 pontos na comparação de fevereiro com março. Todos esses indicadores permaneceram abaixo da linha de 50 pontos, ou seja, ainda não estão positivos.

Para o cenário futuro, os empresários se mostram otimistas, mesmo com o recuo de alguns indicadores neste início de ano. Para os próximos seis meses, a expectativa quanto ao nível de atividade ficou em 53,6 pontos, em abril. A compra de matérias-primas fechou o mês passado em 52,8 pontos e as previsões de contratações ficaram com o indicador em 53,7 pontos. A projeção de um desempenho melhor, em parte, é motivada pela expectativa de novos empreendimentos no setor, indicador que saiu de 56 pontos, em março, para 57,8 pontos, em abril.

Quanto aos problemas que restringem o crescimento das empresas do setor, a alta carga tributária liderou o ranking, sendo citada por 53,1% dos empresários ouvidos. Empatadas na segunda posição ficaram a falta de demanda e também a falta de trabalhador qualificado, cada uma lembrada por 37,5% das empresas pesquisadas. Na terceira posição ficou o alto custo da mão de obra, com 31,3%.  “A questão da falta de mão de obra e de trabalhadores qualificados ainda é destaque, mas neste começo de ano a alta carga tributária tem preocupado mais o empresário”, registra Daniel Furletti.

A pesquisa

A Sondagem da Construção de Minas e o Índice de Confiança do Empresário Industrial da Construção de Minas são elaborados pela Gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em conjunto com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e tem como parceiro o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Os dados foram coletados entre 1º e dia 11 de abril junto a 36 empresas mineiras.

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