Fonte: CBIC
Um termo de compromisso foi assinado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e por 33 empresas produtoras de cimento, ontem (18/06), em São Paulo, com o propósito de reduzir pela metade o peso dos sacos do produto produzido e comercializado no Brasil – passando de 50 kg para 25 kg. O prazo para os fabricantes se adequarem à nova regra é até dezembro de 2028. Após essa data, somente os sacos voltados para exportação poderão ser mais pesados; e os que estiverem em estoque com peso acima do novo limite não serão mais comercializados.
A mudança tem o objetivo de aproximar a indústria das normas constitucionais e internacionais relativas à proteção da saúde do trabalhador e beneficiará profissionais da construção civil em todo o País. “Só nos últimos 6 anos, tivemos gastos da Previdência Social, somente com afastamentos de trabalhadores por motivo de acidentes de trabalho, de mais de R$ 28 bilhões. Por outro lado, as empresas também perdem com o absenteísmo de seus empregados”, lembrou o procurador-geral do MPT, Ronaldo Fleury.
As pessoas mais afetadas pelo excesso de peso dos sacos de cimento são as que trabalham em obras e distribuidoras de material de construção, estando elas sujeitas a problemas como dorsalgias, lombalgias, hérnias discais, lesões em articulações do joelho e cotovelo e outras patologias osteomusculares e muscoesqueléticas.
O acordo vinha sendo negociado pelo MPT com todas as empresas do setor econômico há quatro anos. Assinaram também o termo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).