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Especialistas defendem investimento social em empresas

Integrantes dos Fóruns de Ação Social e Cidadania (Fasc) e do Seconci-Brasil da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) discutiram, na tarde desta sexta-feira (23/05), um dos temas mais relevantes para a criação de uma nova consciência nas empresas: o investimento social. O debate, que contou com a presença do presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, foi realizado durante o 86º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), no Centro de Convenções de Goiânia.

Durante o Fórum, o economista Miguel Fontes, diretor da John Snow, fez uma crítica sobre a dicotomia entre desenvolvimento social e teoria econômica. O especialista afirmou que o Brasil está passando por revoluções socioambientais que pressionam as empresas a pensar em sustentabilidade. Porém, segundo ele, parte delas ainda tem a visão deturpada de que ações sociais não resultam em retorno econômico.

“É preciso entender que o investimento social é tão importante quanto o ambiental e produtivo”, enfatiza. Além disso, ele observa que é necessário que gestores se instruam sobre a área social para incorporar, dentro de seu ambiente de trabalho, programas que possam resultar em retorno econômico.

A socióloga e publicitária Nádia Rebouças, outra participante do debate, afirmou que o mundo passa por crise de consciência e as empresas estão a caminho de uma nova civilização. “Estamos em um momento de desaprender, o que aprendemos a fazer não está resultando em algo positivo porque não conseguimos entender que o planeta tem vida, ele respira”. Mais do que a vida do planeta, Nádia ressalta que o que está em jogo é a nossa vida. A socióloga alertou para a diferença entre crescer e desenvolver e disse que o muro entre as empresas e comunidades precisa ser derrubado para que haja o desenvolvimento sustentável.

Ana Flávia Godoy, presidente da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) e integrante do Seconci-Rio, defendeu a ideia de uma comunicação estratégica aliada à captação de recursos. Além de parcerias para que a empresa atinja o objetivo com a causa escolhida. Segundo a especialista, o primeiro passo para a captação de recursos é a mobilização de pessoas em prol de uma realidade financeira atrelada sempre ao propósito social. “É importante que as empresas busquem o legado social e construam alianças para a transformação da sociedade, tendo uma relação ética e transparente tanto com os funcionários quanto com os clientes”, declara Ana Flávia.

Os especialistas acreditam que a reputação da marca e a responsabilidade social estão entrelaçadas e, mesmo que investimentos em sustentabilidade não tragam retornos financeiros imediatos, é inegável que os efeitos econômicos chegarão. Porém, conforme dizem, o importante é que, além de efeitos econômicos, esse tipo de investimento gera impactos humanos.