* Jorge Luiz Oliveira de Almeida Tanto o mercado imobiliário quanto a construção pesada vêm experimentando um momento positivo no país. Isso não é novidade. Nem é novidade que, em ano eleitoral, seja em qualquer esfera – federal, estadual ou municipal – vários pacotes de obras são anunciados pelos governantes no poder, bem como integram os programas da maioria dos candidatos. Obra dá voto. E também não é novidade. E, apesar de nada disso ser inédito, nós, eleitores, sempre nos munimos de esperanças de que os próximos eleitos a nos representarem tragam boas novas para a nossa cidade, nosso estado, nosso país. No caso de Minas Gerais e de Belo Horizonte, é fato e é notório que muitas obras vêm sendo feitas, após anos e anos de paradeiro. Não estamos aqui fazendo nenhuma defesa de candidato ou partido político, apenas constatando a realidade. Os números e os olhos comprovam esse momento de retomada, principalmente de quatros anos para cá. Até 2006, o principal indutor do crescimento da indústria da construção em nosso estado era o setor de construção pesada e obras públicas, que continuam até hoje em ritmo acelerado, com diversas obras de infra-estrutura rodoviária e de edificações. A partir daquele ano, houve um crescimento muito grande no setor imobiliário, que vem contribuindo de maneira substancial para a configuração de um cenário animador, com o aumento dos lançamentos e das vendas de imóveis. Para se ter uma idéia deste cenário, somente neste ano de 2008, está sendo investido R$ 1,5 bilhão na construção e recuperação de mais de 3,5 mil quilômetros de estradas mineiras. Em Belo Horizonte, grandes empreendimentos estão ajudando a movimentar o setor, como a duplicação da avenida Antônio Carlos, as obras do complexo da Lagoinha, o novo Centro Administrativo do Estado, várias obras em aglomerados, além de outras intervenções como obras de recapeamento de vias, a revitalização do Hipercentro, dentre outras. E não podemos nos esquecer de que nosso estado e nossa capital foram beneficiados com vários projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Estes exemplos aliados ao reaquecimento do mercado imobiliário local ratificam o quadro positivo do setor. Só para ilustrar o que vem ocorrendo na capital neste segmento, podemos citar que de janeiro a abril deste ano, as vendas de apartamentos novos subiram 68,72% em relação ao mesmo período do ano passado e os lançamentos saltaram de 755 para 1.114 unidades, um incremento de 47,55%. E, como já disse, em ano eleitoral, o ânimo é sempre maior – não no caso do mercado imobiliário, que se movimenta por si só, mas sim no de obras públicas. Além do anúncio de investimentos em infra-estrutura pelos políticos, este ano em especial pelo prefeito da capital, o ideal é que fosse entregue ao seu sucessor – independente de quem venha a ser – todo o programa já em andamento, para que não haja interrupções por questões políticas e toda a sociedade saia prejudicada. O que todos esperamos é que o futuro governante da capital aproveite esse cenário. Bem como daqui há dois anos, que o próximo governador dê andamento e até mesmo amplie o que vem sendo feito pela atual gestão estadual. * Jorge Luiz Oliveira de Almeida é vice-presidente de Comunicação Social do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG