O consumidor brasileiro que está adquirindo ou pretende adquirir um imóvel está cada vez mais exigente e atualizado sobre as inovações tecnológicas da Indústria da Construção e está disposto a pagar mais por um empreendimento que incorpore novas tecnologias que resultem em maior economia, segurança, conforto, sustentabilidade ambiental, entre outros diferenciais.
Este é o resultado de uma pesquisa inédita realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e coordenada pelo Instituto Sensus. O estudo “A Inovação na Construção Civil no Brasil sob a Ótica do Consumidor” aponta que, mesmo entre famílias com renda entre cinco e 10 salários mínimos, é significativo o volume de consumidores que aprovariam pagar 10% ou mais do valor do imóvel pelo conjunto de inovações apresentadas. Este percentual cresce na proporção em que aumenta o nível de escolaridade dos entrevistados, chegando a 61,4% de aprovação na faixa com renda superior a 20 salários mínimos.
A pesquisa, realizada em 23 estados e no Distrito Federal, ouviu 1.100 pessoas no período de 11 a 15 de maio de 2013. De forma espontânea, os entrevistados apontaram os itens economia (com 30,2%), segurança (com 16,3%), conforto (4,9%) e é ecológico (com 4,1%) como as inovações tecnológicas mais lembradas em um imóvel.
Essas respostas coincidiram com as perguntas induzidas, quando os consumidores foram convidados a apontar o item “mais importante” de inovação que eles esperam ver em uma residência. De acordo com os dados da pesquisa, as cinco áreas de inovação mais lembradas são: racionalização de energia (21,4% a escolheram como item mais importante), alarme elétrico (12,7%), racionalização de água (12,1%), teto solar para geração de energia (8,5%) e monitoramento por câmera (7,5%).
Para o presidente da CBIC, Paulo Safady Simão, o estudo confirma o que até então era apenas um “sentimento” do mercado: que o consumidor brasileiro, em todas as faixas de renda, está antenado com as inovações tecnológicas cada vez mais presentes na Indústria da Construção e valoriza essas novas tecnologias na medida em que elas estejam claramente relacionadas a benefícios substantivos e que não impliquem gastos excessivos.
“A pesquisa é fundamental porque estamos saindo do âmbito do palpite e agora podemos aferir que existe um anseio do consumidor brasileiro por inovação e que este mercado tem amplo espaço para se expandir. Com os dados fornecidos pela pesquisa, fabricantes de materiais e construtores têm agora mais segurança para aumentar os investimentos em novos produtos e novas metodologias construtivas e para ampliar o uso de inovações no setor. Com mais investimento e com ganho de escala, essas novas tecnologias terão seu custo reduzido e poderão chegar a um público muito maior”, afirma o presidente da CBIC.
Além disso, segundo Paulo Simão, a pesquisa fortalece a defesa que a CBIC tem feito junto ao governo, no sentido de estender os benefícios da inovação tecnológica às moradias de interesse social. “Os empreendimentos construídos dentro do Minha Casa, Minha Vida precisam incorporar essas inovações. Racionalização do consumo de energia, redução do consumo de água, geração de energia por meio de placas fotovoltaicas, entre outros avanços tecnológicos são benefícios que precisam chegar a todo o conjunto da população. Mas, para isso, será necessário inserir no programa novos parâmetros de inovação e sustentabilidade”, ressalta.
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