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Fórum Sinduscon-MG da Construção Civil 2014 debate gestão como forma de viabilizar novos negócios para construtoras

Presidente do Sinduscon-MG, Luiz Fernando Pires, ao lado da presidente do Sinduscon-MG Jovem, Flávia Gontijo, ressalta a importância da nova geração de empreendedores no setor da Construção. (Gladyston Rodrigues/Sinduscon-MG)Diante da crescente competitividade no setor da Construção, a adoção de métodos de gestão é essencial para que empresas aumentem a produtividade e ampliem as possibilidades de negócio. Por isso, o Fórum Sinduscon-MG da Construção Civil 2014 deu especial enfoque ao tema. O evento, realizado na última segunda-feira, dia 22, no Hotel Mercure Lourdes, em Belo Horizonte, reuniu cerca de 400 empresários e gestores.

Segundo especialistas, a adoção de uma gestão integrada pode resultar em 30% de eficiência em despesas e prazos, uma importante vantagem competitiva. Além do aumento da produtividade, a organização e transparência nos processos dentro das empresas podem facilitar a estruturação de parcerias, a obtenção de certificações e a atração de investidores.

Na palestra “Excelência em Gestão na Construção”, Raimundo Godoy Castro Filho, referência técnica do Instituto Aquila, tratou dos modelos contemporâneos de gestão dentro das organizações. (Gladyston Rodrigues/Sinduscon-MG)Segundo o consultor e especialista em gestão Raimundo Godoy Castro Filho, uma gestão moderna tem como desafio direcionar os esforços no capital empregado, dando atenção a todas as interações estabelecidas com acionistas, fornecedores, colaboradores, concorrentes, clientes, órgãos reguladores e com o Estado. “Novas formas de gestão têm como foco gerar informações precisas, valor agregado e retorno sobre o capital”, ressalta Godoy, primeiro palestrante do evento.

Por isso, os modelos de PDCA (sigla em inglês para o ciclo de Planejar, Executar, Verificar e Agir) e o de Gestão da Qualidade Total (GQT) tornaram-se estratégicos para as construtoras, principalmente neste momento de desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira.

Com os processos administrativos e operacionais alinhados e sob contínuo acompanhamento e controle, viabilizar parcerias estruturantes com fornecedores e outros players do mercado torna-se mais fácil. Uma das possibilidades está na captação de recursos para novos empreendimentos, sendo que o private equity é uma operação que vem ganhando espaço.

Na segunda palestra do Fórum, o sócio-diretor e cofundador da VBI Real Estate Imobiliário, Ken Wainer, explicou quais são os critérios adotados pelos fundos de investimento internacionais na hora de decidir firmar parceria em um empreendimento imobiliário no Brasil.

O sócio-diretor da VBI Real Estate, Ken Wainer, abordou as oportunidades de negócios existentes por meio de private equity estrangeiro. (Gladyston Rodrigues/Sinduscon-MG)De acordo com o executivo, os estrangeiros buscam empreendedores que conheçam a realidade e a dinâmica do mercado imobiliário local ou regional. Ainda segundo Wainer, a transparência na hora de descrever os pontos fortes e fracos dos projetos é essencial para que o investidor se sinta seguro para fechar negociação.

Mesmo variando de acordo com o empreendimento e com o risco, Ken diz que os fundos de private equity estrangeiros têm preferência por projetos que possam dar um retorno médio de 15% (em dólar) para o investidor em um prazo de cinco a oito anos.

Assim, além do controle de eficiência junto aos processos dentro da empresa, a gestão moderna também deve antever e preparar alternativas empresariais para diferentes cenários macroeconômicos. Não acompanhar a política cambial, por exemplo, pode comprometer a rentabilidade estimada na fase de planejamento e prometida ao investidor internacional.

O economista Eduardo Giannetti fez uma análise do cenário atual da economia brasileira e apontou perspectivas para o mercado em 2015. (Gladyston Rodrigues/Sinduscon-MG)Por isso, a terceira palestra do Fórum Sinduscon-MG da Construção Civil 2014 foi a do economista e cientista social Eduardo Gianetti. Em sua apresentação, o especialista disse que a expressão que mais se adequa ao atual momento da economia brasileira é “reversão de expectativas”, já que, depois de um crescimento robusto e de passar por crises internacionais sem sobressaltos, como a de 2008, o País agora apresenta baixo crescimento crônico, inflação no teto da meta e contas externas deficitárias.

Na visão de Gianetti, há três cenários possíveis a partir de 2015. Os dois primeiros seriam na hipótese de reeleição do atual governo e o último na hipótese de vitória de qualquer um dos dois principais candidatos da oposição.

A primeira hipótese é de que o governo adote uma nova política econômica com postura mais firme em relação às contas públicas e às metas de inflação. A segunda seria a continuidade das medidas adotadas até então. “Neste caso, não descarto uma crise econômica”, afirmou Gianetti. A terceira hipótese seria a implementação de medidas horizontalizadas para todos os setores produtivos e uma agenda microeconômica por parte de um novo governante. “Nesse caso, 2015 seria um ano de ajuste, mas com crescimento econômico” complementou o economista.

Cerca de 400 empresários e gestores da Construção mineira participaram do evento. (Gladyston Rodrigues/Sinduscon-MG)Com a presença de quase 400 empresários e gestores, o Fórum Sinduscon-MG da Construção Civil 2014 foi realizado pelo Sinduscon-MG Jovem, apresentado por Krona Tubos e Conexões e Tambasa Atacadistas; patrocinado pela Globaltec e teve como apoiadores Casablanca, Hidraukit, Pasi, Santander e Viamix.

Ação beneficente

Doações de produtos de higiene vão beneficiar instituições sociais (Bruno Carvalho/Sinduscon-MG)Como parte da responsabilidade social, o Sinduscon-MG Jovem promoveu uma campanha de doação de itens de higiene pessoal junto aos participantes do Fórum Sinduscon-MG da Construção Civil 2014. Ao todo, foram arrecadadas mais de 500 unidades de itens como sabonetes, conjuntos de shampoo e condicionador, pastas e escovas de dente, fraldas, entre outros.