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Imóveis: pacote retomará vendas

Aumento do teto para R$ 500 mil deverá contribuir para desencalhar os estoques. O aumento do teto para imóveis de R$ 350 mil para R$ 500 mil, que podem ser financiados com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), promete ser a saída para a queda de mais de 50% nas vendas de imóveis em Belo Horizonte a partir do final do ano passado, conforme projeção de empresários do setor da construção civil. Segundo dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), em dezembro de 2008 o setor registrou redução de 72% nas vendas de imóveis na faixa de preços entre R$ 250 mil e R$ 500 mil, ante o mesmo mês do ano anterior. Na comparação com novembro do mesmo ano, a retração foi de 65%. O recuo teria sido causado pelas incertezas do mercado em função da crise financeira mundial. No acumulado de 2008, contra o ano anterior, as vendas de imóveis nessa faixa cresceram 93%, conforme os dados levantados pelo Sinduscon-MG. Para o diretor de Incorporações da Construtora Lider-Cyrela, Dennyson Porto, as vendas no setor melhoraram muito a partir deste mês e deverão seguir em alta, sobretudo devido às medidas do governo federal. “Qualquer aceno do governo em forma de incentivos gera mais otimismo para o setor”, afirmou Porto. De acordo com ele, a ampliação do teto nos preços do imóveis dentro das possibilidades dos recursos do FGTS abrirá um novo leque para as construtoras, além de mais uma parcela de mercado a ser explorada. Para ele, a construtora poderá encaixar imóveis usados nas negociações para as novas faixas de preços contempladas, além de estudar implantar produtos nessa área. Isso ocorreria no caso da Lider-Cyrela, uma vez que a empresa trabalha com preços médios no nicho econômico de R$ 150 mil e em alto padrão com valores acima de R$ 500 mil. A parcela da classe média que quer adquirir um imóvel dentro do novo teto e não podia utilizar o FGTS agora irá às compras, ampliando a demanda e as vendas, avaliou Porto. A aprovação do novo teto aconteceu na última quinta-feira, através do Conselho Monetário Nacional (CMN) e deixou o mercado imobiliário na expectativa da entrada de mais R$ 2 bilhões neste ano, além dos R$ 5 bilhões que já eram esperados para a habitação através do FGTS. Segundo informações do CMN, o percentual máximo a ser financiado também foi ampliado, passando de 70% para 90%, ou valores que saltaram de R$ 245 mil para R$ 450 mil. As medidas seriam complementares ao pacote de estímulos do governo federal, que prevê a construção de 1 milhão de moradias ao custo de R$ 34 bilhões. MARX FERNANDES