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Impacto na reforma

Aumento do Custo Básico da Construção reflete mais no bolso de quem faz pequenas obras Luana Macieira Quem planeja construir um imóvel deve prestar atenção em uma sigla comum do mercado imobiliário: CUB/m². Para quem não o conhece, o Custo Unitário Básico de Construção reflete a variação mensal do preço de material e mão-de-obra. Esse índice, que em janeiro teve aumento de 2,79% em Belo Horizonte, nem sempre se reflete no mercado imobiliário. “O impacto maior é no custo, uma vez que as construtoras sentem imediatamente esse aumento. Mas isso não significa que ele será repassado ao comprador do imóvel. O aumento do CUB/m² pode não chegar aos compradores, porque o preço depende do mercado imobiliário e não do material de construção. Quem mais sente esse aumento é o cidadão comum que está reformando, por conta própria, sua casa”, afirma Daniel Furletti, coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). É o caso do psicólogo Rodrigo Sávio Souza e de sua noiva, Luziane Guimarães. Eles sentiram os efeitos da alta do CUB. Em novembro, Rodrigo reformou a cozinha da casa do pai, em João Monlevade. Agora, está fazendo obras em seu apartamento, no Bairro Floresta. Ele pretende melhorar o piso, o revestimento, a parte hidráulica e os acabamentos de dois banheiros e da cozinha. “Como tive que comprar material de construção para fazer uma reforma em novembro e novamente no início deste ano, notei que o material de construção está muito mais caro. Como vou trocar todas as janelas do apartamento, achei o preço das esquadrias de alumínio um absurdo”, diz Rodrigo. Instrumento de pesquisa Cimento, aço, areia e brita puxaram os aumentos do custo da construção em janeiro, mas a maior alta de preços ocorreu no item mão-de-obra, que representou 45,81% do índice Luana Macieira O Custo Básico de Construção (CUB/m²) é calculado mensalmente e acompanha a evolução de preços de material de construção, mão-de-obra, despesas administrativas e aluguel de equipamentos. Em Belo Horizonte, o CUB passou de R$ 802,52, em dezembro, para R$ 824,93, em janeiro. O valor é calculado de acordo com a construção de uma residência familiar com garagem, oito pavimentos e três quartos. “O CUB é importante porque serve para controlarmos o aumento dos preços dos materiais. É um instrumento para que as pessoas pesquisem e economizem nas reformas e construções”, afirma Daniel Furletti, coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). O aumento foi observado em materiais como cimento, aço, areia e brita, mas, segundo Daniel, a maior diferença de preços ocorreu no custo da mão-de-obra. “O setor de trabalhadores da construção civil fechou um acordo coletivo no início de janeiro. Dessa forma, a mão-de-obra teve o custo elevado e esse valor foi regulamentado pelo setor”, diz. Daniel ressalta que a mão-de-obra representou 45,81% do CUB em janeiro e que esse aumento do indicador ocorreu de forma inesperada. “O aumento de alguns materiais foi de mais de 80% em dois anos. É algo que não tem explicação.” Além da mão-de-obra, outros materiais tiveram grande reajuste nos preços. Um deles é o saco de 50kg de cimento, que custava R$ 15,90 em dezembro e agora sai por R$ 16,80. “Pode parecer um aumento pouco significativo, mas, quando você precisa comprar mais de 50 sacos de cimento, o custo final é bem mais elevado”, diz João Oliveira, diretor administrativo da Distribuidora Cristiano. O tubo de ferro galvanizado, a placa de gesso, o bloco cerâmico e o tubo de PVC rígido reforçado para esgoto são outros materiais que também tiveram alta significativa. Saiba mais Quanto custava e quanto custa alguns materiais depois do aumento do CUB/m² – Saco de cimento de 50kg: de R$ 15,90 para R$ 16,80 – Esquadria de correr tamanho 2,00×1,40m: de R$ 311,20 para R$ 321,08 – Placa de gesso liso 0,60×0,60m: de R$ 8,40 para R$ 9 – Tubo de ferro galvanizado: de R$ 49,50 para R$ 53,85 – Tubo de PVC rígido reforçado para esgoto 150mm: de R$ 20,56 para R$ 21,30 – Concreto FCK=25: de R$ 212,40 para R$ 223,50