O Índice de Atividade da Indústria da Construção de Minas Gerais cresceu pelo quarto mês consecutivo, registrando 47,5 pontos em setembro. Apesar de permanecer inferior aos 50 pontos, demonstrando contração da atividade do setor, o indicador acumulou expressiva elevação (14,3 pontos) de janeiro a setembro e superou sua média histórica, de 44,6 pontos.
O índice de atividade efetivo em relação ao usual ficou abaixo da linha dos 50 pontos, mostrando que a Indústria da Construção opera aquém do nível habitual para o mês. O indicador recuou 3,3 pontos na passagem de agosto (33,3 pontos) para setembro (30,0 pontos). Não obstante, destaca-se que esse foi o melhor resultado para o mês dos últimos três anos e, entre janeiro e setembro, o índice registrou alta de 7,4 pontos.
O indicador de emprego apontou retração na mão de obra, marcando 46,7 pontos em setembro. Embora abaixo dos 50 pontos, o índice acumulou elevação de 15,1 pontos de janeiro a setembro e foi superior à média histórica (42,4 pontos). O indicador apresenta aumento contínuo na comparação anual desde maio de 2016, o que mostra redução no ritmo de queda do emprego do setor.
Condições financeiras da construção mineira no 3º trimestre de 2017 – Os construtores continuam descontentes com a situação financeira das empresas, como mostram os resultados apurados no terceiro trimestre (valores abaixo dos 50 pontos indicam empresários insatisfeitos). O índice de satisfação com a margem de lucro operacional recuou 4,0 pontos no terceiro trimestre (28,6 pontos), frente ao segundo trimestre (32,6 pontos), revelando maior descontentamento dos empresários do setor. Na mesma base de comparação, o indicador de satisfação com a situação financeira ficou relativamente estável, registrando 35,7 pontos no período julho-setembro.
O índice de acesso ao crédito aumentou 1,2 ponto em relação à leitura anterior, atingindo 27,8 pontos no terceiro trimestre do ano. Apesar da pequena melhora, o resultado indica dificuldade das empresas acessarem linhas de crédito, ao continuar inferior aos 50 pontos.
Problemas enfrentados pela indústria da construção – A demanda interna insuficiente encabeçou a lista das principais dificuldades enfrentadas pela Indústria da Construção no terceiro trimestre, com 40% das respostas. Embora permaneça elevado, o percentual de assinalações recuou significativamente em relação à leitura anterior, resultando na menor taxa desde o segundo trimestre de 2015.
Após ficar na quarta posição nas últimas quatro leituras, o item inadimplência dos clientes migrou para a segunda posição, sendo apontado por 30% dos entrevistados.
Elevada carga tributária e falta de capital de giro dividiram o terceiro lugar, com 28% das assinalações cada.
Burocracia excessiva e taxas de juros elevadas também foram entraves muito citados pelos empresários do setor.
Expectativas outubro 2017 – O índice de expectativas do nível de atividade da Construção mineira ficou relativamente estável na passagem de setembro para outubro, com 47,7 pontos. O valor continuou abaixo dos 50 pontos, sinalizando expectativa de queda da atividade nos próximos seis meses. No entanto, o indicador mostra crescimento contínuo na comparação anual desde abril de 2016, o que evidencia perspectivas de menor intensidade no ritmo de queda da atividade. De janeiro a outubro o índice registrou incremento de 6,6 pontos. O indicador de perspectivas dos construtores em relação a novos empreendimentos e serviços passou de 46,8 pontos em setembro para 47,6 pontos em outubro. Apesar de continuar apontando recuo, ao permanecer abaixo da linha dos 50 pontos, o indicador acumulou alta de 5,1 pontos nos primeiros 10 meses do ano e foi o melhor apurado para os meses de outubro dos últimos quatro anos.
O indicador de compra de insumos em outubro foi 46,3 pontos, enquanto em setembro era 47,0 pontos. Apesar de continuar apontando recuo (indicador menor do que 50 pontos), de janeiro a outubro de 2017 observou-se incremento de 6,2 pontos.
Em outubro, o indicador de emprego (47,4 pontos) revelou expectativa de queda no número de trabalhadores nos próximos seis meses, pois permaneceu abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Apesar disso, o índice vem expandindo na comparação anual desde abril de 2016 e foi o melhor registrado para os meses de outubro dos últimos quatro anos, sinalizando que a propensão do empresário a demitir tem recuado.
Intenção de investimento – O indicador de expectativas de investimentos recuou pelo segundo mês consecutivo, registrando 29,7 pontos em outubro. O resultado apontou que os empresários estão com menor intenção de investir, em linha como ritmo de atividade do setor, que continua baixo.