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José Carlos Martins: queda da Selic aquece a poupança e atrai financiamento da casa própria

Em entrevista à TV Gazeta do Povo com transmissão para o Facebook, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, traçou um panorama sobre a situação e as perspectivas do setor da construção diante da evolução das condições da economia do país. Para ele, o setor deverá exibir resultados mais favoráveis com a queda progressiva da taxa básica da economia. “Com uma Selic de 7,5% ao ano até dezembro a Caderneta de Poupança passa a ser um investimento atrativo do mercado. Naturalmente, isso carreia mais recursos para o financiamento da casa própria das famílias”, avaliou Martins. O presidente da CBIC participou do terceiro programa da série que debate os desafios da engenharia para um novo Brasil, juntamente com o presidente do CREA/PR, Joel Krüger.

Durante a entrevista, Martins explicou que a “construção civil é investimento e que está diretamente ligado ao que as pessoas imaginam do futuro”, numa referência às expectativas do cenário macroeconômico dos últimos dois anos em que a economia mergulhou numa crise fiscal com reflexo direto no bolso da população e também no setor da construção. Segundo ele, devido às dificuldades da economia as famílias “arrocharam suas vidas” e isso resultou no encolhimento do mercado imobiliário. “Para se ter uma ideia, em 2014, o financiamento da Caderneta de Poupança foi na faixa de R$ 120 bilhões e em 2016 passou para a casa de negativa de R$ 40 bilhões”, disse Martins, acrescentando que quando houver o mínimo de condições macroeconômicas o consumo será efetuado.

O presidente do CREA/PR, Joel Krüger, destacou a importância da participação da construção civil na geração de emprego no setor e de toda a cadeia produtiva. “Nesse processo é a construção civil uma das maiores geradoras de empregos diretos e indiretos da economia”. Confira aqui a entrevista completa.

Texto extraído do Boletim da CBIC