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Lixo vira matéria-prima

Trocas e até venda de material rejeitado em construções são mais que economia para quem constrói. Informação sobre resíduos disponíveis na cidade pode ser encontrada na internet. Júnia Leticia O banco de dados on-line Bolsa de Recicláveis da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), iniciado em setembro de 2006 em Minas Gerais, tem promovido a troca de resíduos e o fortalecimento do setor de reciclagem por intermédio de informações em meios eletrônicos sobre oferta e demanda. Segundo o analista ambiental e coordenador do programa, Eduardo Martins da Costa, somente pessoas jurídicas podem se cadastrar no site www.bolsadereciclaveis.com.br para ter acesso aos dados. A partir daí, são fornecidos login e senha para fazer ou pesquisar anúncios. No site, além do banco de terras, há outras duas categorias: agregado reciclado e banco de entulho, para demais resíduos da construção civil. O banco de terras, feito em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (SINDUSCON-MG), é o que considero mais específico e mais interessante. Quando se tem uma obra, há a programação de desaterro. Digamos que será necessário retirar 100 mil toneladas de terra, até dezembro de 2009, de um determinado lugar. Onde será colocada? Ao anunciar no site, pode surgir, nesse período, uma obra de aterro que demandará esse volume, explica Eduardo Costa. O coordenador da Bolsa de Recicláveis ressalta a importância de reciclar o entulho da construção civil. A questão ambiental conta muito. Ao se optar pele reciclagem, você deixa de aterrar, que na minha visão é um problema. O segundo ponto é a economia. Fazendo a destinação primária desse material, pode-se economizar no processo, usando o material que não teria aproveitamento em outro local, fala. Diferentemente de Eduardo Costa, o vice-presidente da Área de Materiais, Tecnologia e Meio Ambiente do SINDUSCON-MG, Geraldo Jardim Linhares Júnior, não vê o aterro como algo ruim, desde que seja legalizado. Para a cidade, é muito bom. Mas, para definir o lugar, deve-se fazer um levantamento topográfico e avaliar o ponto de saturação do local. Além disso, é preciso obter uma licença da SLU, informa. Além da PBH, Geraldo Linhares conta que há algumas empresas de caçambas que fazem reciclagem. Várias delas levam o resíduo para as usinas recicladoras da prefeitura. Mas, para isso, é necessário casar os resíduos compatíveis para atender às necessidades pelo material, diz. O valor do aluguel de uma caçamba varia em função da distância percorrida entre o local onde a empresa contratada se localiza e o bairro onde ela será colocada. O preço para o padrão mais utilizado, que comporta 5 metros cúbicos de entulho, varia de R$ 120 a R$ 140 e a caçamba pode ficar no local por até três dias úteis. ORIENTAÇÃO Para auxiliar as empresas sobre como proceder com relação ao entulho da construção civil, o SINDUSCON-MG publicou as cartilhas Alternativas para a destinação de resíduos da construção civil e gerenciamento de resíduos sólidos da construção civil. As publicações, que podem ser baixadas no site do sindicato (www.SINDUSCON-mg.org.br), têm por objetivo orientar as empresas sobre a Resolução nº 307/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) no que se refere à destinação dos resíduos da construção civil, além de tratar da gestão dos resíduos nos canteiros de obras, alinhada às diretrizes de destinação de resíduos da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU).