Cimenteira localizada em Vespasiano, na RMBH, investirá recursos da ordem de R$ 625 mi até 2011. A Cimentos Liz S/A, empresa do grupo Soeicom S/A, iniciou as obras da primeira etapa do projeto de expansão e modernização da planta instalada em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No total, estão previstos aportes da ordem de R$ 625 milhões na unidade. De acordo com o diretor Comercial da empresa, Bruno Borer, a primeira fase foi iniciada nesta semana. Será realizada a troca do atual filtro do alto-forno por um filtro de mangas, de última geração. Para isso, serão realizados aportes da ordem de R$ 20 milhões. Segundo ele, as atividades deverão ser finalizadas no primeiro trimestre do próximo ano. A segunda fase do projeto compreende a instalação do quarto moinho na planta em Vespasiano. Conforme Borer, serão investidos R$ 80 milhões nas obras. A capacidade de processamento será de 200 toneladas por hora. “Este será o maior moinho da América Latina”, afirmou o diretor. Conforme Borer, a instalação deverá ocorrer entre setembro e outubro do próximo ano. “O moinho já foi adquirido na Alemanha e está em processo de fabricação”, informou. A terceira fase é a maior do projeto. Será construída a linha dois de produção da Cimentos Liz na RMBH, com investimento previsto de R$ 525 milhões. Segundo o diretor da empresa, o empreendimento ainda está em fase de licenciamento ambiental. Conforme ele, as obras estão perto de conseguir a Licença Prévia (LP) do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). “Com isso, deveremos ter a Licença de Instalação (LI) no primeiro trimestre de 2009”, disse. Conforme o diretor Comercial, quando as atividades forem iniciadas levarão cerca de dois anos para serem entregues. A estimativa de finalização do projeto é para 2011. De acordo com ele, os aportes dobrarão a capacidade instalada da indústria, que passará de 1,8 milhão de toneladas para 3,5 milhões de toneladas anuais. Os investimentos para a primeira e a segunda fase do projeto já estão garantidos, conforme o diretor. Para terceira fase os investimentos ainda estão mantidos mesmo com a crise no sistema financeiro internacional. “Não deveremos adiar os aportes, pois a economia brasileira deverá continuar a crescer”, disse. Pacote – Ele ressaltou que ações do governo federal poderão garantir o crescimento da construção civil no próximo ano. Entre elas está o anúncio feito nesta semana pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que poderão ser injetados entre R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões para capital de giro. A liberação dos recursos poderá ser feita por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou pela Caixa Econômica Federal (CEF). Outro fator que deverá manter os negócios, conforme Borer, é a manutenção das taxas de juros para financiamentos imobiliários. “No Brasil há um grande potencial para a construção civil”, afirmou. Para este ano, a expectativa de crescimento das vendas é de 2% ante o exercício passado. O diretor explicou que o avanço tímido ocorre em virtude da empresa já ter atingido a totalidade da capacidade instalada em 2007. RAFAEL TOMAZ