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Menor burocracia melhora construção em BH

Um dos grandes entraves para a construção imobiliária é a burocracia junto aos diversos órgãos públicos municipais, estaduais e federal. A enorme quantidade de documentos e de trâmites pelos quais os projetos imobiliários têm que ser submetidos atrasa o início dos empreendimentos, gerando um alto custo para as empresas. Em Belo Horizonte, essa situação começa a mudar. Desde que a Secretaria Muncipal Adjunta de Regulação Urbana (SMARU) contratou novos profissionais para atuarem na avaliação e aprovação de projetos, os processos tem sido agilizados. Em outubro, a secretaria conseguiu aprovar 34 projetos e em novembro este número saltou para quase 200. Isso mostra que quando existe vontade política e boa gestão, as coisas de fato funcionam. Outras melhorias que podemos destacar são a agilização nos trâmites dos exames de documentos exigidos para a marcação das entrevistas dos novos projetos e a redução dos prazos de espera para aprovação dos mesmos. Na nossa opinião, essa situação poderá contribuir para melhorar os números dos novos lançamentos na capital neste ano. Recentemente, o Sinduscon-MG divulgou o balanço de 2009 com os dados do mercado imobiliário fechados até outubro. De acordo com o balanço, nos primeiros dez meses do ano foram lançados 4.085 novos apartamentos em Belo Horizonte. A redução da burocracia por aqui certamente se somará às boas perspectivas que temos para 2010. A Fundação Getúlio Vargas estima que a construção civil nacional deverá registrar incremento de 8,8% em suas atividades. Caso confirmado será um resultado superior ao esperado para o país. De acordo com estimativas do mercado, o Brasil deverá crescer cerca de 5% no próximo ano. Portanto, se a economia nacional for comparada a uma estrada, podemos dizer que a construção civil será uma forte luz para iluminá-la. Vários fatores apontam nessa direção: o desenvolvimento do programa Minha Casa, Minha Vida, a necessidade de infraestrutura para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Além de que, para continuar crescendo, o Brasil precisa de estradas, energia, de pátios industriais, casas, tudo que depende do setor. Aliás, é sempre bom lembrar porque o setor é essencial para o desenvolvimento do país. A cadeia produtiva da construção, em nível nacional, é responsável pela ocupação de mais de 10 milhões de pessoas e movimenta quase 10% do PIB nacional. * José Francisco Couto de Araújo Cançado é vice-presidente da Área Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).