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Mercado imobiliário da Capital registra pequena recuperação

Com queda de 20%, outubro foi o pior mês do ano para o setor. Imóveis: volume de transações apresenta recuperação lenta emBelo Horizonte Apesar de o ritmo de vendas de imóveis residenciais em Belo Horizonte ter diminuído em decorrência da crise financeira internacional, os empresários do setor já sentiram uma pequena retomada nos negócios em novembro. De acordo com o presidente do Sindicato do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (Secovi-MG), Ariano Cavalcanti de Paula, outubro foi considerado como o pior mês do ano para as imobiliárias. Em média, o volume de negócios fechados caiu 20% no período, de acordo com dirigente. “De fato, o mercado sentiu um impacto com a crise, já que as pessoas demoram a entender o que está acontecendo e temem as conseqüências que o problema pode acarretar na vida delas. Mas, depois que passa o primeiro impacto, elas recuperam a confiança e retomam suas decisões. Temos notado isso, principlamente a partir da semana passada”, avaliou. Segundo o presidente da Rede Netimóveis, José De Filippo Neto, a retomada nas vendas ainda é tímida. No entanto, ele salientou que as pessoas que têm procurado as imobiliárias estão mais objetivas na hora da compra, já que a crise internacional afastou boa parte dos especuladores do mercado. “Diminuiu o número de curiosos. Percebemos que o processo de decisão está mais rápido”, observou. As vendas de imóveis em Belo Horizonte caíram com a crise Ciclo – Para ele, o mercado de imóveis é cíclico, já que é influenciado por questões sazonais e o ritmo de vendas varia em determinadas épocas. “Há períodos que temos aumento nas compras de imóveis em construção. Em outras, registramos acréscimo nas vendas de unidades prontas, que é o que está ocorrendo agora”, ressaltou. O vice-presidente do Secovi e diretor da Caixa Imobilíaria, Kênio de Souza Pereira, afirmou que o consumidor realmente está mais cauteloso na hora de comprar, principalmente por temer o desemprego. “As pessoas estão mais inseguras, porque a crise gerou expectativas ruins”, ponderou. Mas ele ressaltou que quem precisa de um imóvel para morar não vai deixar de comprar por causa do problema externo. “A Caixa manteve e até ampliou os financiamentos, as taxas de juros não aumentaram, não há motivos para queda nas vendas”, observou. Na avaliação do presidente do Secovi, em 2009, as mudanças para o setor não devem ser significativas. Para ele, as perspectivas de crescimento são boas e devem ser mantidas. “Neste ano a expectativa de acréscimo é de 16%, em relação a 2007. Já para o ano que vem, esperamos manter o ritmo. A demanda por imóveis em Belo Horizonte é forte e ainda não foi escoada. Acredito que temos possibilidade de continuar crescendo por um longo período”, apostou. LUCIANE LISBOA