Os números do segmento imobiliário de Belo Horizonte foram positivos no primeiro semestre de 2013 em relação aos últimos seis meses do ano passado, mesmo com o viés de baixa das estimativas em relação à taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. No acumulado de janeiro a junho, os lançamentos subiram 79,47% na comparação com os seis meses anteriores, passando de 901 para 1.617 apartamentos novos. O volume de vendas registrou elevação de 77,87%, saindo de 872 para 1.551 unidades, e também a velocidade de vendas variou positivamente no mesmo período, a média passou de 7,27% para 12%, o que representou alta de 4,73 pontos percentuais.
Segundo o vice-presidente da Área Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Lucas Guerra Martins, o mercado aguarda uma recuperação das bases econômicas para uma maior consolidação das atividades do setor. “Os últimos seis meses do ano passado foram marcados por uma instabilidade forte na economia brasileira. O crescimento do PIB tinha sido estimado em 3% no início de 2012, mas no final do ano já se esperava um resultado bem abaixo, que acabou fechando em 0,9%”, observa. Por isso, para o dirigente, o cenário ainda é de cautela.
Na comparação entre os primeiros seis meses de 2013 e o mesmo período de 2012, os dados da pesquisa ainda mostram um ritmo mais moderado nos negócios. As vendas caíram 15,89%, saindo de 1.844 para 1.551 apartamentos e a velocidade média de vendas nos semestres retraiu de 13,17% para 12%. Por outro lado, os lançamentos acumulados apresentaram incremento de 1,89%, aumentando de 1.587 para 1.617 unidades. Já a oferta, que havia fechado em 1.894 apartamentos, em junho de 2012, foi para 1.945 no mesmo mês deste ano, alta de 2,69%.
“O mercado imobiliário de Belo Horizonte vivenciou nos últimos meses uma alternância de altas e quedas. Registramos números inexpressivos em maio e em junho os indicadores surpreenderam positivamente. Isso mostra um ambiente de incertezas, reforçando a necessidade de novas medidas para dinamizar a economia brasileira. Ainda é preciso estimular os investimentos”, complementa Lucas Guerra Martins.
Pelo levantamento, em junho todos os indicadores subiram frente a maio. Foram comercializados 335 apartamentos, crescimento de 335,06% em relação ao mês anterior, quando foram contabilizadas 77 unidades vendidas. Os lançamentos subiram de 43 unidades, em maio, para 480, em junho, segundo melhor número absoluto do ano e uma alta de mais de 1.016% de um mês para o outro.
Em relação às faixas de preço dos apartamentos comercializados em junho, 162 unidades tinham preços entre R$ 100 mil e R$ 250 mil, representando mais de 48% das vendas. Outros 129 apartamentos estavam na faixa entre R$ 250 mil e R$ 500 mil e 44 unidades custaram acima de R$ 500 mil.
A Pesquisa – A pesquisa Construção e Comercialização de Imóveis é realizada mensalmente pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG) e divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Os dados são levantados junto a um grupo de cerca de cem empresas de Construção em Belo Horizonte e é referente à comercialização de apartamentos novos.