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Mercado promissor para imóveis

Mão de obra qualificada tem se tornado um grande gargalo para o segmento na Capital. BRUNO PORTO. Crédito fácil e velocidade das vendas de lançamentos imobiliários animam empresários do setor em Minas O ambiente para a construção civil em Minas Gerais é tão promissor que as construtoras que atuam neste mercado minimizaram os impactos de uma provável elevação nas taxas de juros nos negócios do segmento. O último boletim Focus prevê que no final deste ano a Selic estará fixada em 11,25% ao ano, ou seja 2,5 pontos percentuais acima dos 8,75% em que se encontra hoje. A mão de obra, porém, tem se tornado um gargalo a tal ponto do vale-transporte ter se tornado, em algumas empresas, bonificação, não sendo mais descontado na folha. “Com a demanda em alta e uma boa acessibilidade ao crédito, o impacto no mercado de uma alta nos juros hoje é muito pequeno”, afirmou o diretor de Desenvolvimento Imobiliário do grupo Paranasa, Jânio Valeriano Alves. Ele ressaltou que o crescimento nas taxas de juros praticadas nunca é uma boa notícia, porém desde que se limite a ajustes técnicos e não uma alta substancial, o mercado não deixará de ser favorável. O cenário receptivo a novos investimentos do setor é revelado pelos projetos que a empresa possui para este ano. Está previsto para o segundo semestre deste ano o lançamento de um empreendimento na região Centro-Sul de Belo Horizonte com 100 unidades com valor médio de R$ 150 mil. No segmento de hotelaria a Paranasa este ano vai executar quatro diferentes projetos no Estado. A escassez de mão de obra tornou acirrada a disputa no mercado de trabalho. “Do servente ao engenheiro o mercado não atende às necessidades e o custo com o empregado já encareceu bastante”, disse o proprietário da Construtora Futura, Nelson Baêta. Atratividade – Apesar da elevação nos custos, a empresa que em 2009 não lançou nenhum novo empreendimento este ano prepara o lançamento de um empreendimento de grande porte voltado para os setores residencial e comercial. Em uma área de 16 mil metros quadrados construídos serão colocados no mercado 70 apartamentos, 40 salas e 12 lojas. “O lançamento depende de alguns últimos detalhes, que dizem respeito à avaliação comerial e operacional”, disse Baêta. No que se refere à possível perda de atratividade do setor em decorrência de juros maiores ele afirmou que “mesmo que a tendência seja de alta, a demanda por imóveis é muito grande e o crédito está facilitado. Se não houver alterações nestas variantes, os juros maiores não afetarão a comercialização”, disse. No caso da Valle Ribeiro Ltda, o lançamento realizado em dezembro, de 35 unidades habitacionais no Caiçara com valor médio de R$ 170 mil cada, atingiu em 45 dias 100% de comercialização. “O mercado está muito dinâmico, o único problema está na mão de obra e a maior preocupação não é o aumento do gasto, mas a falta de profissional”, disse o diretor-presidente da empresa, José Ignácio Brum Ribeiro. A estratégia adotada por ele foi a valorização dos trabalhadores por meio de bonificações. “Paramos de descontar do pagamento o vale-transporte e ainda constantemente damos gratificações aos trabalhadores porque os concorrentes todo dia fazem propostas para que eles saiam”, afirmou Ribeiro. A construtora vai lançar este ano dois novos projetos na Capital. Um deles no bairro Santo Antônio, onde serão oito andares, um apartamento por andar, mais a cobertura com valor de cada habitação próximo de R$ 400 mil. Outro empreendimento, no mesmo modelo, será no bairro Serra, este com valor médio de R$ 250 mil. Segundo ele, a aprovação do crédito pelas instituições financeiras está muito ágil, o que é fundamental para a manutenção de um ambiente favorável para o setor. “Especialmente na Caixa os nossos clientes estão conseguindo aprovar o contrato de forma muito rápida. Some-se a isso a demanda muito aquecida que supera a oferta. Mesmo que o governo resolva aumentar os juros isso não terá impacto substancial na construção civil”, observou.