Caixa. Até novembro, o banco já emprestou R$ 1,98 bilhão no Estado, 51% a mais do que em 2007 Financiamentos devem crescer 63% em 2008 e 36% no ano que vem Queila Ariadne Juros. Financiamento para quem ganha até R$ 2.000 por mês ficará mais barato a partir de janeiro Com ou sem crise, não faltará dinheiro para financiar a habitação em 2009. O superintendente regional da Caixa Econômica Federal em Belo Horizonte, Dimas Lamounier, estima que Minas Gerais contará com pelo menos R$ 3 bilhões para o ano que vem. O montante previsto é 36% maior do que a meta de 2008, que é de R$ 2,2 bilhões. Entretanto, o ritmo de crescimento é menor em relação a 2007, já que este ano o banco deve emprestar 62,3% a mais em relação aos R$ 1,35 bilhão do ano passado. “As fontes de captação continuam garantidas, só a poupança já tem R$ 8,2 bilhões assegurados para empréstimos no Brasil”, afirma Lamounier. Até o mês de novembro, a Caixa já emprestou R$ 1,98 bilhão no Estado. Deste total, R$ 1,14 bilhão vieram do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 843,98 milhões da caderneta de poupança. Estes números representam um aumento de 51% em relação ao mesmo período de 2007. Crise. Segundo o superintendente, mesmo com os reflexos da crise na economia, a demanda pela casa própria está acelerada e não vai parar de uma hora para outra. Dados do simulador no site da Caixa mostra que até novembro foram feitas 24,7 milhões de simulações de financiamento. “Se depender da Caixa, o mercado de imóveis vai continuar aquecido, os recursos estão garantidos, os juros vão ficar menores a partir do ano que vem e os prazos serão mantidos”, ressalta. Para manter a oferta condizente à procura, o Conselho Curador da Caixa anunciou essa semana a liberação de R$ 3 bilhões em linhas de crédito para financiar a conclusão de obras. “Isso sinaliza que continuará a ter recursos e que o empresário terá linhas para continuar a construir”, observa o gerente regional da Caixa, Marivaldo Araújo. Performance mineira. Um a cada 12 contratos de financiamento fechados no Brasil até o mês de novembro foram assinados em Minas Gerais. Nos primeiros 11 meses de 2008, foram 36,1 mil assinaturas no Estado e 446 mil no país. “Em relação a valores, Minas emprestou praticamente 10% do total liberado no Brasil nos 11 primeiros meses de 2008, que foram de R$ 20,4 bilhões”, compara Lamounier. A meta nacional é encerrar este ano com 500 mil contratos assinados em todo o país. Como a média diária tem sido de 1.924, tudo indica que ela será alcançada, pois, se o ritmo continuar, em 23 dias úteis de dezembro serão assinados pelo menos mais 44,2 mil novos contratos. Se Minas conseguir emprestar os R$ 2,2 bilhões estimados para o ano de 2008, cerca de 147 mil famílias serão beneficiadas. Só com recursos do FGTS foram liberados R$ 10,2 bilhões no Brasil, até o mês passado, 60% a mais do que o mesmo período de 2007. Os recursos da caderneta de poupança já bateu a meta. Estavam previstos R$ 9,2 bilhões e já foram emprestados R$ 9,3 bilhões. A meta é atingir R$ 10 bilhões.