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Modelo para habitação social deve garantir subsídios e previsibilidade

Fonte: CBIC

Com o déficit habitacional estimado em 7 milhões de moradias, os empresários do setor debateram como enfrentar esse desafio e garantir recursos permanentes para programas que combatam o problema, acabando com ciclos de instabilidade. Em painel no 96º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), dirigentes de entidades e de construtoras consideraram essencial que governos federal, estadual e municipal tenham marcos legais para subsidiar habitações de interesse social. O 96º ENIC, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), segue até amanhã (14), em São Paulo.

“O mercado de habitação de interesse social depende de duas coisas: crédito e subsídios. Sem isso, não fica em pé”, avaliou o presidente da Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS) da CBIC, Carlos Henrique Passos. Para ele, a habitação social não pode depender unicamente de financiamento. Ele entende que o subsídio é “o grande nó” para resolver esse problema.

“O grande desafio de todos nós é fazer uma corrente para levar o valor político da habitação social para que entre no orçamento dos governos no tamanho possível para cada um”, afirmou. “Temos certeza da existência desse mercado. O desafio é gerar um produto que caiba no bolso das pessoas”, completou.

O presidente executivo do Secovi-SP, Ely Wertheim, afirmou que o número de habitações do Minha Casa, Minha Vida foi o que mais cresceu no município de São Paulo, motivado por incentivos da prefeitura. “De cada 10 apartamentos do Minha Casa, Minha Vida, 8 são fabricados pela iniciativa privada. A prefeitura compra para repassar à população”, disse. “Na cidade de São Paulo, se não tiver subsídio, não funciona”, completou.

Em Goiás, os subsídios para habitação social partem dos governos federal, do estado e do município. Além disso, Renato Correia, vice-presidente da Região Centro-Oeste da CBIC, afirmou que a mudança no código de edificações facilitou a construção de moradias. Para ele, é necessário identificar um novo modelo que tenha previsibilidade, para que o enfrentamento ao déficit habitacional do país seja contínuo.

“Vamos conviver com 7 milhões de brasileiros sem moradia até quando?”, perguntou. “Nós somos instrumento de solução do problema. Como setor da construção, temos de desafiar os líderes políticos e nos desafiar a ter zero déficit de habitação, zero falta de saneamento para a população. Se não formos capazes disso, ninguém será”, afirmou Renato Correia.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, que mediou o debate do painel “Futuro do mercado imobiliário de interesse social”, ressaltou a importância da união e da representação institucional do setor. Uma entidade forte, disse ele, permite resultados que uma construtora sozinha não conseguiria. “Temos avançado. Temos entidades cada vez mais fortes e o setor mais unido em busca do bem comum”, afirmou Martins. “Estamos trabalhando para fazer o bolo crescer. Quando o bolo cresce, a fatia de todos também cresce”, completou.

Este painel tem interface com o projeto “Melhorias para o Mercado Imobiliário”, da Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS/CBIC), em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

O 96º Enic é realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), conta com a parceria da FEICON; o apoio do Sesi e do Senai; e tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal, Sebrae, Mútua, Zigurat, Totvs, Mais Controle, CV, Sienge, Orçafascio, Kone, PhD Engenharia, Alto QI, Acate, Brain e Ingevity.