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Mulheres podem ser a solução

Paula Takahashi A capacitação de mulheres pode sim ser a saída para as empresas superarem a escassez de mão de obra na construção civil, segundo avaliação das próprias construtoras. “A falta de profissionais pode chegar ao ponto de comprometer os prazos de entrega dos empreendimentos e elevar os custos. A qualificação, principalmente da força de trabalho feminina, pode ser a alternativa para enfrentar as dificuldades de contratação”, avalia Olívia Medeiros, engenheira de obra da construtora Even, que acredita que a demanda dessas profissionais ainda está muito restrita à área de acabamento. “Mas nada as impede de fazer alvenaria, revestimento cerâmico e outras atividades dominadas pelos homens. O que falta por parte das empresas é abrir esse espaço”, avalia. Para isso, a própria Even, que contratou há um mês a primeira pedreira, Maria Cristiana da Silva, pretende iniciar um projeto de absorção da força de trabalho feminina que está saindo das salas de aula. “O que falta é quebrar essa barreira, porque a mulher tem capacidade de trabalhar na obra, principalmente por ser mais cuidadosa e dar atenção aos detalhes”, afirma Olívia. A MRV também garante que está ampliando o campo de atuação das mulheres interessadas em entrar no canteiro de obras. “No início do ano vamos iniciar, no mínimo, oito a 10 empreendimentos e pretendemos contratar de 200 a 300 profissionais e não há distinção de sexo”, afirma José Luiz Esteves da Fonseca, gestor regional de obras. Apesar da abertura, ele confirma que é na área de pintura, rejunte e limpeza final que a mão de obra feminina ainda predomina. “São as funções que requerem menos esforço físico e mais capricho e carinho”, explica. Mas ele garante que, diante da carência do mercado, não há por que negar o trabalho das profissionais recém-qualificadas. “Mas vai delas também se adaptarem ao ambiente de trabalho, porque tem que deixar a vaidade um pouco de lado e colocar a botina e o capacete”, avalia. Com mulheres em todas as áreas da empresa, desde as operacionais até gerenciais, a Habitare investe na formação dessas profissionais que querem crescer no setor. “Muitas entram como servente de obras e auxiliar de serviço e são qualificadas aqui mesmo e aumentam as chances de melhoria na carreira”, afirma a analista de Recursos Humanos da Habitare, Camila Renata da Silva Alves. Independentemente do sexo, hoje os interessados podem se candidatar a pelo menos 144 vagas com contratação imediata e se inscreverem para as milhares de chances que estão prestes a surgir no mercado.