A capital mineira ainda não teve nenhum projeto aprovado para construir moradias para famílias que ganham até três salários mínimos, pelo Minha Casa, Minha Vida. Enquanto isso, mais de 180 mil pessoas que se inscreveram na Prefeitura de Belo Horizonte para concorrer a um financiamento pagando R$ 50 por mês aguardam notícias. “A PBH está empenhada na prospecção de terrenos, oferecendo isenções fiscais, e já temos boas respostas”, anuncia a presidente da Caixa Econômica, Maria Fernanda Coelho. Segundo ela, a Caixa já recebeu cerca de 2.400 propostas de empreendimentos para essa faixa de renda. Só a Emccamp, por exemplo, tem um projeto de 2.000 unidades próximo ao bairro Vitória, na região Nordeste. “Estamos só esperando a aprovação”, afirma o sócio da construtora, André de Sousa Campos. Contagem. Ontem, a prefeita Marília Campos encaminhou à Câmara Municipal a solicitação de ampliar de 160 para 320 o número máximo de unidades por condomínio. “Mais apartamentos tornam o empreendimento mais lucrativo e isso estimula as construtoras”, explica Marília. (QA) Acirrada Disputa. A meta do Minha Casa, Minha Vida é construir 10,5 mil moradias em BH, sendo 40%, ou seja, 4.200 unidades para quem ganha de zero a três salários. Com 180,6 mil inscritos, a média é de 43 candidatos por vaga.