Antiga CTRS será destinada à geração de energia a partir da exploração de biogás, que poderá gerar R$ 88,9 milhões. A implantação do novo aterro sanitário da Capital será votada em primeiro turno na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) em maio, segundo informações da Casa. O Projeto de Lei (PL) 1.492/07 de autoria do Executivo municipal autoriza a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) a assinar um convênio com o município de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (CMBH), para a construção da infra-estrutura que dará destinação final aos resíduos sólidos da capital mineira em uma área entre as duas cidades. O possível empreendimento com Esmeraldas seria uma alternativa a outro projeto sobre o aterro sanitário da Capital, que custaria R$ 714,406 milhões em 25 anos, segundo informações da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas (Smurbe). No dia 7 de maio, as propostas das empresas, que incluirão os possíveis locais onde será a nova Central de Tratamento de Resíduos Sólidos (CTRS), serão entregues e abertas, conforme informações do órgão. O processo licitatório de concorrência contratará em regime de Parceria Público-Privada (PPP) a empresa que fará a prestação de serviço público de disposição final no aterro sanitário e tratamento de resíduos sólidos provenientes da limpeza urbana do município no período. As licitantes deverão incluir o local onde será a CTRS, a despeito do projeto de lei sobre Esmeraldas estar correndo na CMBH. Os recursos serão provenientes do orçamento da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU). O atual aterro, localizado às margens da BR-040, encerrou as atividades em dezembro de 2007. Hoje, a SLU utiliza o aterro sanitário de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde a Capital destina cerca de 3,2 mil toneladas por dia. A antiga CTRS da Capital será destinada à geração de energia a partir da exploração de biogás, que poderá gerar R$ 88,9 milhões em 15 anos, de acordo com informações da SLU. A abertura de envelopes prevista no processo de licitação para escolha da empresa que irá operar no local foi feita no início do mês. A PBH receberá entre 18% e 30% do valor, que corresponde a no mínimo R$ 16 milhões no período. O terreno da CTRS da BR-040 possui 1 milhão de metros quadrados, sendo que 650 mil metros quadrados ocupados com resíduos aterrados, que acumularam cerca de 24 milhões de metros cíbicos desde a implantação do aterro, em 1975. MARX FERNANDES