O ano de 2013 começou, mas para alguns analistas parece que ele já acabou. Segundo afirmam, o ano terminará com crescimento fraco e inflação bem mais forte. Não conseguiremos trabalhar para vencer os obstáculos e ainda seremos prejudicados com o cenário internacional. Não é novidade que o Brasil possui vários desafios. A excessiva burocracia, os custos elevados com a mão de obra, a infraestrutura precária, a baixa produtividade e a tributação elevada são alguns deles. O menor ritmo de crescimento em 2011 e 2012 confirmou isso, mais uma vez. Mas, após sucessivos fracassos em sua política, o País parece que finalmente reconheceu que é necessário retomar o rumo do investimento para sustentar o seu crescimento. A estabilidade macroeconômica, a menor taxa de juros e a aceitação que o crescimento somente virá por meio do investimento são razões que permitem uma dose de otimismo com o futuro da economia. Não se trata de um pensamento ingênuo, mas sim de reconhecer que o País possui forças para mudar o cenário. Falar que não vai dar certo e afirmar que os resultados de 2013 já estão dados é fácil. Mas parece difícil perceber que não se constrói o futuro de uma Nação sem muito trabalho. Por isso, é necessário reconhecer que existem forças e estimulá-las. A maior geração de emprego formal nos últimos anos e o incremento da renda da população são exemplos. Há quase 19 anos o Brasil venceu um grande obstáculo: a hiperinflação, o que na época era considerado impossível para analistas que, assim como hoje, acham melhor afirmar que nada vai dar certo. 2013 ainda precisa ser construído. Para isso, a necessidade mais pujante é desobstruir o caminho do investimento. Somente assim o País poderá sustentar taxas de crescimento expressivas. Em resumo, o Brasil não tem alternativa: É crescer ou crescer. Assim, os ventos de 2013 certamente não trarão somente chuvas e trovoadas. Dias de sol também virão. *Ieda Vasconcelos é assessora econômica do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).