A abertura do Minascon, realizada ontem, no Expominas, foi marcada por discursos otimistas. O vice-presidente da Fiemg e presidente da Câmara da Indústria da Construção da entidade, Teodomiro Diniz Camargos, abriu o evento lembrando a crise que o setor atravessa e listou números que a confirmam. Mas lembrou que “este é exatamente o momento em que devemos atuar”. Ele defendeu que se estimulem as Parcerias Público Privadas (PPPs) para desenvolver a infraestrutura e a agilidade na concessão de licenças, principalmente as ambientais. “A crise nos estimula e gera a convicção de que devemos lutar”, incentivou.
O presidente do Sistema Fiemg, Olavo Machado Junior, elogiou a determinação de Diniz Camargos, e de outros integrantes do Sinduscon, na realização do Minascon. Ele afirmou que o Sesi, ao apoiar eventos como esse, está apenas cumprindo a sua função, que é a de gerar empregos na indústria. Machado Junior, em seu discurso, também defendeu as PPPs, a reforma da legislação tributária e a desburocratização em geral. Ele avaliou que o Minascon é uma demonstração de força da indústria e um sinal de concordância com as diretrizes dos novos tempos. “O Minascon é um belíssimo exemplo de união dos empresários. Por aqui, circula o conhecimento e se propaga a tecnologia. É uma maneira também de dizermos que concordamos com a nova política econômica”, disse.
“Habitação e financiamento e suas perspectivas no Brasil” foi a palestra da abertura, da secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Maria Henriqueta Arantes. Ela afirmou que a política habitacional é um dos maiores transferidores de renda para as famílias mais pobres. Ela defendeu que se construam habitações de melhor qualidade para melhorar a vida dessas famílias e do planejamento urbano das cidades. Ela contabilizou em seis milhões de unidades habitacionais o déficit brasileiro de moradias e que será necessário mudar o modelo para atender essa demanda. Arantes também abordou a questão do ônus excessivo do aluguel. “Não se trata de falta de estoque de imóveis. Atualmente, as pessoas estão dispostas a pagar mais caro para morar perto do trabalho. Se não mudarmos o desenho das cidades, esse problema permanecerá”, analisou.
Participaram também da abertura do Minascon, o presidente da Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab), Alessandro Marques (representado o governador Fernando Pimentel); o secretário municipal de Obras, Ricardo Simões (representando o prefeito Marcio Lacerda); o presidente do Crea-MG, Jobson de Andrade e o diretor superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.