A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) recebeu com preocupação a confirmação da queda na atividade econômica brasileira e avalia que, a despeito do indicador positivo de 1,1% apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda não há motivo para comemorar o desempenho do setor da construção.

Para a entidade, de modo geral, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre reflete claramente a redução nos investimentos que levou à forte retração da atividade do segmento, que encolheu 4% no acumulado dos últimos 12 meses. “Nossa expectativa é que haja sinais de que os investimentos serão preservados”, afirma José Carlos Martins, presidente da entidade. “A maior preocupação é restabelecer a plena atividade do setor e estancar a perda de empregos”, avisa.

Alavanca de grande relevância para a economia, o setor da construção representa mais da metade dos recursos mobilizados em investimentos no país e vem operando em ritmo mais fraco. A CBIC está acopanhando os desdobramentos do ajuste fiscal anunciado pelo governo federal e tem mobilizado esforços para sustentar a execução dos projetos em andamento.

Para a entidade, mantido o cenário atual, em que ainda não há sinais de recuperação da capacidade de investimentos, as perdas do setor de construção poderão chegar a 5% em 2015. A CBIC vê com preocupação a redução de postos de trabalho formais, movimento iniciado em outubro de 2014 e que, até abril, já acumula uma perda de 290 mil vagas. “A CBIC está fazendo o esforço necessário para impedir o fechamento das vagas”, diz Martins.

Fonte: CBIC