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Paraísos à venda em BH

Região Metropolitana da capital atrai investimentos em condomínios de luxo que terão até pista de pouso para aviões e campos de golfe Graziela Reis Condomínios paradisíacos com estruturas de verdadeiras cidades estão se espalhando pela Região Metropolitana de Belo Horizonte. Antes concentrados na Região Sul da capital, agora o foco desses empreendimentos foi voltado para o vetor Norte, nas proximidades do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) e do novo Centro Administrativo do governo de Minas, em construção nas margens da Linha Verde. Só o grupo imobiliário português Design Resorts vai investir mais de R$ 1 bilhão no projeto que até então vem sendo chamado de Quintas do Rio das Velhas, em Jaboticatubas, perto da Serra do Cipó. A expectativa é de que o empreendimento, que ficará a pouco mais de 50 quilômetros de BH e 22 quilômetros do centro administrativo, seja lançado entre novembro e março do ano que vem. O projeto do Quintas do Rio das Velhas foi feito para ter vida própria e terá opções para diversos públicos, segundo o diretor da Design Resorts no Brasil, Manoel Brancante, que também é o arquiteto do empreendimento. Nos resorts do condomínio haverá desde opções de lotes voltados para uma pista de pouso para aviões de pequeno porte, com hangares individuais, até áreas para casas com áres de lazer que incluem de ciclovias a campo de golfe. Até então, outros condomínios que oferecem esse tipo de estrutura, mais limitadas, na região da capital são o AlphaVille Lagoa dos Ingleses e o Vale dos Cristais, ambos em Nova Lima. Em um primeiro momento Brancante explica que a intenção é oferecer um local voltado para o lazer, que possa ser usado como segunda moradia. Mas ele acredita que no médio prazo e a consolidação do Centro Administrativo de Minas na região ele possa se tornar um local para as pessoas morarem, com qualidade de vida. Ele calcula que serão cerca de 5,5 mil unidades residenciais no local, que tem, ao todo 10 milhões de metros quadrados, incluindo reservas naturais. No projeto também estão previstos centros de compras, escolas, hospital e espaço para hotelaria. Este será um piloto para outras regiões do Brasil. A ideia é ser desbravador, afirma Brancante, que se envolveu nas negociações para a compra das quatro fazendas de Jaboticatubas que vão ser o cenário do condomínio nos últimos 18 meses. Sua expectativa é de que as casas das biovilas, custem a partir de R$ 250 mil. O metro quadrado dos lotes já deve sair entre R$ 150 e R$ 180. O diretor da Área Imobiliária do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado de Minas Gerais, Bráulio Franco Garcia, explica que a aposta nesse tipo de condomínio é uma tendência. Mas é algo para o futuro, para longo prazo, algo entre 10 e 20 anos, observa. Em sua opinião, o mineiro ainda é resistente a distâncias maiores. Mas o mercado vai se adaptando e essa questão acaba amenizada com o tempo. Acompanha o crescimento das cidades, pondera. O diretor de incoporação da Odebrecht em Minas, Cláudio Luiz Zafiro, conta que os negócios com o Vale dos Cristais, que fica a quatro minutos do BH Shopping, estão caminhando bem. Tanto que até o fim do ano devem lançar mais uma fase. Houve uma queda com a crise financeira, mas agora as vendas foram reativadas , conta. Para se ter idéia, há apenas 30 lotes dos 577 disponíveis no condomínio Nascentes, para casas. E no Vila Gardner, onde os apartamentos custam, R$ 1,35 milhão, em média, há apenas quatro das 48 unidades. No AlphaVille Lagoa dos Ingleses, também restam poucas unidades da expansão batizada de Península dos Pássaros. Porém, segundo o presidente da Associação Comercial local, Luiz Alberto de Oliveira Sá, as revendas estão aquecidas.