O Governo do Rio de Janeiro cumpriu a sua primeira meta ambiental, que foi comprometida junto ao COI ainda na época da sua candidatura como sede dos Jogos. Para isso, contou com a ajuda da sociedade civil. Empresas, incluindo o PASI, e produtores rurais, se mobilizaram e doaram créditos ambientais ao Governo, para que este pudesse compensar as emissões de gases do efeito estufa, sob a responsabilidade do poder público.
No total foram compensados 1.679.950 tCO2eq. (toneladas de dióxido de carbono equivalentes) dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, ultrapassando em quase 80 mil toneladas o seu compromisso com o COI. É a primeira meta que o Governo do RJ consegue cumprir junto ao Comitê Internacional.
Do total de crédito ambiental utilizado, mais de 95% foi compensado através do Crédito de Floresta, um formato genuinamente brasileiro, criado por um grupo de organizações denominado Brasil Mata Viva, com sede em Goiânia. O Crédito de Floresta é gerado através de projetos originados em áreas de vegetação nativas preservadas e conservadas (sejam privadas ou públicas). Para os 5% restantes, foram utilizados o Credito de Kyoto (CER), formato que está praticamente em desuso, principalmente após o Protocolo de Kyoto não ter sido renovado (expirou em 2012).
Com isso, ao usar o Crédito de Floresta como o principal mecanismo da compensação das Olimpíadas, o Brasil se posiciona como o primeiro e único País do mundo que já utiliza uma solução aprimorada e bem mais eficiente do que o crédito de carbono, se adequando às premissas firmadas através do “Acordo de Paris” – assinado esse ano durante a 21ª Conferência do Clima da ONU (COP 21).
Ao adotar esse modelo de crédito como legítimo para a compensação dos Jogos Olímpicos, o Governo do Rio de Janeiro e, consequentemente o Brasil, demonstrou ao planeta que valoriza a vida, pois priorizou outros serviços florestais além do carbono, como por exemplo, o desmatamento evitado, o reflorestamento de espécies nativas, a preservação dos recursos hídricos, a preservação da fauna, flora e de toda biodiversidade que compõem os biomas brasileiros, proporcionando, ainda, que ocorram investimentos em projetos de desenvolvimento sustentável.
Segundo o Alaor Silva Junior, presidente do PASI, “o PASI colaborou com a compensação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, porque essa ação está alinhada com a missão da empresa de promover o bem-estar social através de mecanismos sustentáveis, com uma mentalidade de responsabilidade não apenas social como também ambiental, participando ativamente de projetos que visem contribuir para a manutenção da qualidade de vida dos brasileiros”.