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PBH abre fila da casa própria para quem ganha até três mínimos

Nice Silva Especial para o Hoje em Dia As famílias com rendimentos de até três salários mínimos (R$ 1.395) interessadas em participar do programa de habitação do Governo federal “Minha casa, minha vida” poderão se cadastrar nas secretarias municipais de Administração Regional da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) a partir de segunda-feira, 27 de abril. Os interessados precisarão retirar os formulários nas secretarias, os quais deverão ser preenchidos e entregues entre os dias 5 e 6 de maio, no Shopping Caetés (rua Caetés, 466, Centro). Os formulários também poderão ser preenchidos na Internet, no endereço eletrônico da Prefeitura: www.pbh.gov.br). O cadastramento realizado pela PBH tem objetivo de avaliar a demanda, em sintonia com os critérios de prioridade do programa municipal de habitação. As famílias que vivem em áreas de risco, assim como as que recebem a Bolsa Moradia da PBH e as inscritas no Orçamento Participativo da Habitação estarão entre as primeiras a serem selecionadas, segundo o secretário municipal-adjunto da Habitação, Carlos Medeiros. “Além disso, as famílias devem comprovar residência na capital por no mínimo dois anos”, detalha. Mesmo que já estejam inscritas em programas de habitação da Prefeitura, as famílias que ainda não receberam a casa própria deverão se inscrever a partir da próxima segunda-feira para participar do programa “Minha casa, minha vida”. Os dados informados à PBH serão cruzados com os constantes no Cadastro Único da Habitação municipal. Segundo Carlos Medeiros, desde 1993 cerca de 20 mil famílias participaram de programas municipais. Ele não soube estimar qual a demanda específica das famílias que ganham até três salários mínimos na Capital, mas informa que o máximo de rendimentos das participantes de outros programas municipais de habitação fica entre cinco e seis salários mínimos. “O ‘Minha casa, minha vida’ nos dá alternativa de crédito para as famílias de até três salários, por isso precisamos definir as prioridades”, destaca. O secretário não se mostrou preocupado com os terrenos para as moradias do programa. “Posso dizer que temos poucos, mas ainda temos terrenos suficientes para essas construções em Belo Horizonte”, assegurou. Sobre a oferta de imóveis para a faixa até três mínimos, ele disse que vai depender do interesse das construtoras. “Estamos tentando que a Caixa Econômica Federal eleve o valor (do imóvel) de R$ 46 mil para R$ 51 mil, para termos volume de oferta”, adianta André Campos, diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Ele disse ainda que o aumento da oferta de imóveis está condicionado à velocidade de aprovação dos projetos em 30 dias, à isenção de ISS, ITBI e IPTU por parte da Prefeitura. O carpinteiro Fabiano Gomes Vasconcelos, de 29 anos, já está contando os dias para se inscrever no programa. Há alguns meses, ele planeja sair do aluguel e comprar um barracão de dois ou três cômodos, em Venda Nova. Agora, sentiu que terá essa oportunidade. Desde que foi feito o anúncio do programa, ele tem se informado sobre o seu funcionamento. “Assim que a prefeitura (de Belo Horizonte) começar, vou fazer meu cadastramento e, se Deus quiser, vou conseguir ter a minha casa. Já vai ser um bom começo para quem pensa em casar em breve”, planeja Vasconcelos. Atualmente, Vasconcelos ganha cerca de R$ 700 mensais e pretende arcar com uma parcela de até R$ 200 por mês no financiamento. O valor é o mesmo que ele paga de aluguel atualmente. Para as famílias com renda entre três e 10 salários mínimos que querem entrar no programa, o caminho é procurar as construtoras diretamente. Para este público, o financiamento depende das regras do crédito imobiliário e análise cadastral. Outra alternativa é conseguir uma carta de crédito nas agências da Caixa. (Colaborou Luciana Rezende)