Marina Schettini Depois de muita negociação e manifestações das empresas de caçambas, a Prefeitura de Belo Horizonte descartou ontem a possibilidade de custear o transporte do lixo que vem da construção civil (lixo inerte) até o aterro sanitário de Macaúbas, em Sabará, na região metropolitana da capital. A posição da prefeitura frustrou os caçambeiros, que viam a alternativa como solução para o aumento de custo por conta do fechamento do aterro na BR-040. Segundo os empresários do setor, o aumento do custo foi repassado ao consumidor e, como conseqüência, caiu a procura. “O custo para levar o lixo até o aterro na BR-040 era de R$ 3,50. Hoje é R$ 37,50”, afirmou o presidente do Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos, Máquinas, Ferramentas e Serviços afins do Estado de Minas Gerais, Marco Cerqueira. O empresário Mauro Lúcio Silva disse que fazia cerca de 400 viagens por mês e que agora faz 100. “Fica inviável trabalhar”, declarou. Já o superintendente de limpeza urbana Luiz Gustavo Fortini afirmou que o custo é alto e que a prefeitura não pode cobri-lo. Segundo ele, para resolver o problema sem onerar os cidadãos, a prefeitura estuda novos locais para aterros inertes e também a criação de três centros de triagem, onde seria possível realizar a separação do lixo. O que não puder ser reaproveitado seria levado para Sabará – o transporte ficaria a cargo das empresas de caçambas. No próximo dia 9, a empresa IT – One Consultoria e Negócios em Tecnologia da Informação Ltda, contratada pela prefeitura, vai apresentar um estudo para resolver o problema da disposição e tratamento de resíduos na cidade.