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Perspectivas para a construção

A construção civil está vivenciando um momento especial e as perspectivas para os próximos anos são positivas. Justificando este otimismo destacam-se as estimativas da Fundação Getúlio Vargas, que apontam para um incremento de 8,8% nas atividades do setor neste ano, e de especialistas do mercado, que sinalizam que o Brasil deverá crescer cerca de 5%. Isso pode significar que a construção civil será a locomotiva do país em 2010. A expansão das atividades do setor estará sedimentada em dois fortes pilares: os investimentos em infraestrutura e o segmento imobiliário. Em relação à infraestrutura, as perspectivas são reforçadas pelas obras necessárias para os eventos esportivos e também pelo fato do próximo ano ser eleitoral. Já para o segmento imobiliário, as perspectivas de incremento do crédito imobiliário e do Programa Habitacional Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) ditam o ritmo do otimismo. Aliás, motivos não faltam para esse cenário animador: além do PMCMV que trouxe novo incentivo para o setor, especialmente no segmento habitacional direcionado para a baixa renda, a economia nacional voltou para os trilhos, pois os principais sintomas da crise – falta de crédito, falta de confiança dos agentes econômicos, queda na produção industrial e nas vendas – foram revertidos. Em relação ao PMCMV, aqui cabe uma observação – além de se destacar sua importância para a geração de emprego e renda e de seu objetivo de reduzir o déficit habitacional do país em um milhão de unidades habitacionais, defendemos que ele seja o início de uma política concreta que venha atacar de frente a falta de subsídios para a habitação de interesse social, para que possamos combater o imenso problema da falta de moradia digna no país. Afinal, ela é seis vezes maior do que um milhão de casas que serão atendidas pelo programa. E este número só tende a crescer, caso as soluções não sejam firmes. Voltando aos motivos que fundamentam a crença num futuro animador, destacamos que o Brasil está conseguindo gerar empregos e mostrar que realmente valeu a pena fazer a lição de casa na economia nacional nos últimos anos. A inflação está sob controle. A taxa de juros atingiu o seu menor patamar histórico, dando novo ânimo para as atividades produtivas. Soma-se a isso o fato da Copa do Mundo de 2014 ensejar novos investimentos na infraestrutura do país, o que dinamizará as atividades do setor. As Olimpíadas de 2016 também fortalecem as perspectivas de novos investimentos em transporte, saneamento, energia, segurança etc. Outro fato importante: como se sabe, o Brasil precisa da construção para crescer. Por si só, isso reforça as perspectivas positivas, uma vez que, ao que tudo indica, governos, iniciativa privada e sociedade já compreenderam o papel estratégico do segmento. Mas, apesar desse otimismo declarado, é relevante destacar que o setor não está eufórico. Aliás, está bastante maduro e consciente da importância do seu papel para ajudar o país a construir o seu tão sonhado crescimento sustentável. A construção vivenciou nos últimos anos um período de prosperidade e por isso, o caminho está pavimentado. É claro que agora existem novos desafios a serem superados. Mas o setor saberá trabalhar com eles e espera continuar contando com o apoio dos gestores da política econômica para proporcionar as condições necessárias para este desenvolvimento, afinal é tempo de construir o Brasil. * Jorge Luiz Oliveira de Almeida é diretor de Comunicação do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).