O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) registrou 42,3 pontos em julho. O indicador ficou abaixo da linha de corte de 50 pontos, sinalizando descontentamento.
Segundo o economista e coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, o atual momento da economia brasileira, marcado pela elevação dos juros, inflação resistente, baixo crescimento econômico, além do período pré-eleitoral, pode estar motivando o sentimento de incerteza no setor.
Os dados da pesquisa mostram que os empresários mineiros estão insatisfeitos com as condições atuais de negócio, cujo indicador geral ficou em 38 pontos. Esse índice foi influenciado pela insatisfação em relação às condições atuais de negócio no Brasil (30,2 pontos), no Estado (32,3 pontos) e na própria empresa (41,4 pontos).
Já a expectativa para os próximos seis meses continuam negativas, registrando 44,6 pontos em julho. O resultado foi influenciado pelas expectativas pouco positivas relação à própria empresa (48,9 pontos) e às economias mineira (38 pontos) e brasileira (35,7 pontos).
Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais
O nível de atividade em relação ao mês anterior e o nível de emprego na Indústria da Construção apresentaram relativa estabilidade ao ficarem próximos à linha dos 50 pontos em junho, registrando 49 e 50,5 pontos, respectivamente. Já o índice de nível de atividade em relação ao considerado usual para o mês fechou o mês passado em 45,3 pontos.
Ainda segundo dados levantados pela Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais, as perspectivas para os próximos seis meses em relação ao nível de atividade do setor também ficaram abaixo da linha dos 50 pontos, cujo índice registrou 48,2 pontos, demonstrando falta de otimismo.
Os empresários da Construção esperam uma redução no número de lançamento de empreendimentos (47,2 pontos), nas contratações (47,2 pontos) e na compra de matéria-prima (48,7 pontos).
Sondagem trimestral
No resultado do segundo trimestre de 2014, os números apontam insatisfação em relação aos indicadores de margem de lucro (43 pontos), à situação financeira da empresa (44,8 pontos) e quanto o acesso ao crédito (43,7 pontos).
Em relação aos principais problemas enfrentados no setor, em primeiro lugar ficaram empatadas a falta de mão de obra qualificada e a elevada carga tributária, ambas com 47,4% das citações dos empresários da Construção em Minas. O alto custo da mão de obra foi responsável por 36,8% das citações.
A pesquisa
A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais e o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais são elaborados pela Gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em conjunto com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e tem como parceiro o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Os dados foram coletados junto a 42 empresas mineiras entre os dias 1º e 11 de julho.
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