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PROFISSÕES – Engenheiro civil

Profissão especializada em grandes obras: da construção de barragens à contribuição para o desenvolvimento do país Por Sabrina Abreu Quem passa por uma construção e vê um engenheiro usando o característico capacete branco não imagina o trabalho que deu pra chegar até o momento de colocar o acessório na cabeça. A cor do capacete diferencia o engenheiro dos mestres-de-obras e operários da construção civil. É um símbolo de status, já que a engenharia é uma profissão clássica, daquelas que impõem respeito logo de cara. A escolha pela carreira costuma orgulhar vovôs e titios em geral. O mercado também premia. Ofertas de empregos e estágios bem-remunerados não faltam, assim como bolsas de estudo e outros incentivos mil vindos de grandes companhias interessadas em aumentar o número de engenheiros competentes em seu quadro de funcionários. O momento favorável pra engenharia é um reflexo da boa fase da economia brasileira. Se o país precisa investir em infra-estrutura (melhorar as estradas, os portos e o tráfego dentro das cidades, por exemplo) e garantir o melhor uso da energia (tradicional ou alternativa), o engenheiro é o profissional certo pra participar de todas as fases do processo. Para resumir: “Engenheiro vale ouro”, como afirma Renata Schmidt, gerente da Foco, grupo de recursos humanos responsável pelos processos de seleção de treinees de grandes empresas, como Ericsson, Siemens, Kraft, Bosch, Sadia, entre outras. Então, basta marcar o xis na frente do curso de engenharia na inscrição do vestibular e ter vida fácil pra sempre? Não necessariamente. Quem tem fobia à matemática, química ou física não deve se aventurar. Já aquele que gosta das ciências exatas e entra no curso tem que estudar com afinco pra conquistar boas notas e usufruir de benefícios, como as bolsas de estudo no exterior, que as empresas oferecem apenas aos melhores estudantes. Antes de tudo, porém, é preciso escolher entre uma das várias engenharias. Estima-se que haja, ao menos, 30 no país. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) há oito cursos de engenharia: civil, de controle de automação, de minas, de produção, elétrica, mecânica, metalúrgica e química. Para o vestibular 2009, a instituição divulgou a criação de mais dois cursos: engenharia aeroespacial e ambiental. Os ramos são muitos e as particularidades de cada um, complexas. Uma das engenharias mais tradicionais é a civil. “O curso é completo. Focado no raciocínio e na lógica. A objetividade permite que engenheiros civis se dêem muito bem não apenas na profissão que escolheram, como também em funções tão diferentes daquela para a qual estudaram”, explica a engenheira civil Márcia Chaves, formada há mais de 30 anos. É verdade. Não é raro vê-los à frente de empresas ou departamentos de outras áreas, como comunicação, recursos humanos ou contabilidade. Vale lembrar que, hoje em dia, a engenharia deixou de ser considerada uma profissão masculina. Márcia Chaves explica que, quando começou a faculdade, a proporção de alunas numa turma era de menos de uma em cada grupo de 10. Ou seja: as mulheres eram minoria absoluta. Não mais: Tanto nas salas de aula quanto no dia-a-dia da profissão, dentro das empresas ou dos espaços acadêmicos, tem havido um equilíbrio entre o número de homens e mulheres. “A diferença é que a presença dos homens ainda continua mais freqüente nas obras, no acompanhamento da execução dos projetos, enquanto as mulheres se dedicam mais a outras partes do processo, como o cálculo”, avalia a engenheira. O diretor da Escola de Engenharia da UFMG, Fernando Amorim de Paula, conclui: “A função principal do engenheiro é transformar os recursos naturais em bens que aumentem a qualidade de vida da sociedade”. Segundo o diretor, o boom da engenharia no Brasil surgiu há três anos, mas se intensificou desde 2007. A profissão está em alta e é ótima opção pra quem gosta das ciências exatas e está em vias de prestar vestibular. Como engenheiro civil, não faltarão chances de construir coisas grandes. Literalmente (como no caso das barragens e pontes) ou de um jeito mais abstrato, contribuindo para o crescimento do país. Se essa idéia empolga você, invista na engenharia. Daqui a cinco anos, você pode fazer a diferença, usando aquele capacete branco. VESTIBULAR A novidade é que a UFMG passará a oferecer dois novos cursos de engenharia, a partir de 2009: a aeroespacial e a ambiental. Além dela, outras escolas na capital são a PUC Minas e a Fumec. No interior, as federais de Ouro Preto, Viçosa e Juiz de Fora. QUANTO GANHA Piso salarial: R$ 3.527,50 por 8h/5 dias por semana. Teste Serei um engenheiro civil? Entre montar uma luneta ou olhar por uma luneta, eu prefiro: a) Montar uma luneta. Simples assim. b) Prefiro olhar pela luneta, numa noite de céu estrelado, e parar um pouquinho a observação, só para escrever um poema. E, talvez, pra compor uma canção! c) Luneta? Que luneta?! O que é isso? Tô achando que é coisa de boiola… Eu avaliaria meu desempenho em matemática, química e física como: a) Avalio da seguinte forma: recuperação, recuperação e recuperação. b) Não seria tão mau, se eu me lembrasse de colocar o compasso, o transferidor e o guarda-pó na mochila. c) Excelente. Faço os exercícios teóricos e gosto das aulas no laboratório. Vou ser engenheiro porque… a) Eu costumava ser o rei do Lego. Os prediozinhos dos meus primos nunca foram tão bons quanto os meus. b) Depois que li sobre o tal capacete branco, até deu vontade de ter um pra mim. c) Quero passar a vida fazendo cálculos e construindo coisas de um jeito criativo. Se você marcou a/c/c, você tem futuro.