Fonte: CBIC
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apresentou, durante o evento ”Quintas da CBIC”, realizado hoje, um importante estudo: “Pós-obra: geração de renda e emprego na economia”. O objetivo do trabalho foi demonstrar os impactos da atividade da Construção civil residencial na fase de pós-produção, ou seja, após a entrega da obra, em nível nacional.
A fase de pós-produção abrange os efeitos da construção na geração de emprego, de renda e de arrecadação tributária, decorrentes das atividades que acontecem após a entrega das obras de edificações residenciais, aos respectivos proprietários dos imóveis.
José Carlos Martins, presidente da CBIC, explica que o ciclo da construção não se encerra com o “Habite-se” e com a entrega das chaves. “A partir desse momento, inicia-se uma série de gastos, seja com reformas para melhorias nas residências, seja com a compra de itens de mobiliário e eletroeletrônicos”.
A mediação foi da vice-presidente da CBIC região Nordeste, Betinha Nascimento. Ela comentou que já existia, no setor, a percepção sobre a importância do pós-obra na economia brasileira, mas “agora, temos os dados. Percebe-se que a relevância da Construção para a economia nacional é ainda maior”, complementou.
Os resultados finais do trabalho impressionam: cada real investido na produção de moradia irá gerar mais R$ 0,36 de gastos na fase seguinte, contribuindo para adicionar R$ 0,16 ao PIB da economia e R$ 0,08 de tributos. Em relação ao pessoal ocupado, a relação é de 3,31 para R$ 1 milhão investido na produção de moradia.
Os participantes do evento foram a economista da CBIC e do Sinduscon-MG, Ieda Vasconcelos; a consultora – especialista em construção civil – Ana Maria Castelo; e o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Robson Gonçalves.
De acordo com o professor Robson Gonçalves, “os números evidenciam a importância da Construção Civil na fase pós-produção, o que já era uma percepção do setor, mas que ainda não tinha sido quantificada.”
Para a consultora Ana Maria Castelo, o estudo mostra realmente que o ciclo da Construção Civil não se encerra com a entrega das chaves: ”Os números mostram o quão longo é o ciclo”. A consultora lembrou também que o trabalho representa uma importante fonte de informação para o desenvolvimento de políticas públicas.
Já a economista da CBIC Ieda Vasconcelos, que coordenou o estudo inédito no País, ressaltou que a síntese dos resultados deste trabalho se refere ao dimensionamento dos efeitos dos investimentos habitacionais sobre as diversas cadeias produtivas – incluindo a própria Construção Civil – nos três primeiros anos que se seguem ao encerramento das obras. “O ciclo produtivo da construção gera efeitos para frente. O setor consegue continuar gerando emprego e renda no pós-obra. Esse é o poder da construção”, comentou Ieda Vasconcelos.
A pesquisa foi correalizada com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) com o objetivo de preencher uma lacuna acerca dos trabalhos já realizados sobre os encadeamentos decorrentes das atividades da construção civil residencial.
Clique aqui para baixar o estudo “Pós-obra: geração de renda e emprego na economia”.