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Revitalização do centro de BH valorizou os imóveis

Velocidade das vendas aumentou. As ações de revitalização do centro de Belo Horizonte mudaram o cenário da região, que já conviveu há alguns anos com imóveis vazios e atuação dos vendedores ambulantes. Os reflexos, segundo o presidente do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (Secovi-MG), Ariano Cavalcanti de Paula, passam não só pelo aumento das vendas dos comerciantes como pela atração de investimentos e valorização dos imóveis. “A velocidade das vendas e locação melhoraram substancialmente nos últimos anos”, disse. Há estimativas que apontam que os empreendimentos imobiliários tiveram uma valorização na casa dos 30%. O presidente da Associação dos Lojistas do Hipercentro, Pedro Bacha, afirmou que muitos imóveis chegaram a quase dobrar de preço desde que as ações para a melhoria da região começaram a ser implementadas. “Hoje, é difícil encontrar imóveis vazios no centro”, frisou. Preços – A chefe do Departamento de Economia da Federação do Comércio no Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), Silvânia de Araújo, afirmou que o centro voltou a ser atrativo, tanto para o comerciante quanto para o consumidor graças aos investimentos feitos na melhoria da região. “O preço mais barato frente aos shoppings e a diversidade de lojas fazem do centro da Capital uma boa opção de compras. “um verdadeiro centro de compras a céu aberto”, ressaltou. De acordo com ela, para o empresário do comércio varejista uma das vantagens da região central é o fluxo alto e constante de pessoas, além dos custos menores quanto comparados com os dos malls. ” claro que muita coisa ainda deve ser feita no centro de Belo Horizonte, mas é fato que os esforços de várias entidades de classe e da prefeitura surtiram resultados positivos”, disse. Monitoramento – O projeto Centro Vivo da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por exemplo, já realizou aportes na casa dos R$ 100 milhões na região desde 2004. O “Olho Vivo”, que também tem participação da PBH, além da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) e Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), tem contribuído para reduzir os índices de violência no centro da capital, o que, segundo o vice-presidente de Educação e Tecnologia da CDL-BH, Salvador Ohana, ajuda nas vendas. O “Olho Vivo” começou a ser implantado em 2004 e hoje conta com 150 câmeras de monitoramento, sendo 60 no centro, 12 no Barro Preto e 66 em bairros da região Noroeste, além de 12 na Pedreira Prado Lopes. Ohana firsou que, além da segurança, o tráfego constante de pessoas na região Central é um dos fatores que acaba contribuindo para a escolha do local pelos empreendedores. “O fluxo é importante para os negócios, sendo considerado também pelos lojistas de shopping”, observou. JULIANA GONTIJO