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Rotatividade na construção mineira

MARX FERNANDES O número de desligamentos de trabalhadores nos setores da construção civil e pesada aumentou 9,69% e 38,3%, respectivamente, nos seis primeiros meses de 2008 em Belo Horizonte. Empresários e representantes de entidades dos segamentos justificaram o aumento com a alta rotatividade da mão-de-obra, reflexo da demanda relacionada ao crescente número de novos empreendimentos e de obras na área de infra-estrutura. Segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada de Minas Gerais (Siticop-MG), o aumento das recisões chegou a 38,3% na Capital. Conforme a entidade que representa os trabalhadores, o número de desligamentos passou de 2,096 mil nos seis primeiros meses de 2007 para 2,900 mil de janeiro a junho deste ano. Conforme informações do Siticop-MG, apesar dos desligamentos, os trabalhadores seriam realocados para outras obras logo após as rescisões. A rotatividade estaria em alta, devido ao grande número de intervenções em infra-estrutura, sobretudo no segmento rodoviário e no setor de saneamento. De acordo com dados do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Stic-MG), o volume de recisões passou de 3,302 mil no primeiro semestre de 2007, para 3,622 mil em igual período deste ano, configurando um aumento de 9,69%. Movimentação – Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Capital apresentou uma variação positiva de 185% no saldo de trabalhadores no setor da construção civil, na comparação entre os cinco primeiros meses de 2007 e de 2008, uma vez que o órgão ainda não divulgou os números do primeiro semestre. No ano passado o número de admissões em Belo Horizonte de janeiro a maio foi de 43,021 mil, enquanto as demissões chegaram a 38,858 mil, gerando um saldo de 4,163 mil. Em 2008, nos cinco primeiros meses do ano a indústria da construção da Capital contratou 52,159 mil trabalhadores e demitiu 40,285 mil pessoas, com um saldo de 11,874 mil empregados. Empresários e representantes do setor voltaram a apontar que a falta de mão-de-obra, sobretudo especializada, ainda persiste e que os desligamentos configurariam a alta rotatividade dos empregados devido ao grande número de obras e lançamentos no mercado imobiliário de Belo Horizonte e da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A base da rotatividade e do alto volume de novas vagas estaria ligada ao déficit habitacional, que chega a 660 mil residências no Estado, concentrado nas classes mais baixas, e ao alto volume de crédito imobiliário no mercado. As construtoras estariam apostando no segmento de baixa renda, com empreendimentos cujo custo para construção é baixo e a velocidade de vendas mais alta. No Estado, o contingente de trabalhadores na indústria da construção civil subiu 93% de janeiro a maio de 2007 para igual período deste ano, conforme informações do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), com base em dados do Caged. A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde está concentrado o maior volume de obras em Minas, também se destacou nos resultados referentes à contratações no setor da construção civil. O saldo obteve variação positiva de 142%, passando de 13,764 mil no ano passado para 26,574 mil, na emsma base de comparação.