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Segmento de construção deve crescer 3% neste ano

Estimativa é do presidente da Cbic. RAFAEL TOMAZ A indústria da construção – civil e pesada – deverá registrar crescimento de aproximadamente 3% em 2009 na comparação com o exercício passado, conforme o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão. Em relação ao setor de construção civil, esse está sendo impulsionado pelo incremento na oferta do crédito imobiliário. As perspectivas são otimistas para os próximos anos, em virtude do programa habitacional “Minha casa, minha vida” e os investimentos previstos para a Copa do Mundo de 2014, conforme Simão, durante a 13ª Exposição Internacional de Mineração, no Expominas, na região Oeste de Belo Horizonte. As projeções de crescimento em 2009, em meio à crise financeira global, é atribuída à melhora na oferta de credito imobiliário registrada no atual exercício. A Caixa Econômica Federal já realizou financiamentos da ordem de R$ 3,161 bilhões nos primeiros oito meses deste ano em Minas Gerais. O resultado superou a meta estabelecida pela instituição financeira em 2009 que era de R$ 3 bilhões. Segundo o presidente da entidade, o programa “Minha casa, minha vida” também já gerou efeitos positivos na construção civil neste ano. “Já são 50 mil unidades habitacionais contratadas no país”, afirmou. Conforme ele, a expectativa é que nos próximos meses seja verificada uma aceleração no volume de unidades e até meados do próximo ano todas as moradias previstas no programa do governo federal já estejam contratadas. O programa habitacional, anunciado pelo governo federal no início deste ano, pretende reduzir o déficit habitacional do país. É previsto a construção de 1 milhão de moradias populares no país. Apesar disso, Simão lembrou que o programa é somente o primeiro passo para reduzir este déficit estimado em aproximadamente 6,3 milhões de moradia. De acordo com o presidente da entidade, o setor aguarda o programa “Moradia Digna” que deverá eliminar o déficit habitacional nos próximos 15 anos. Conforme ele, o programa federal está em estudo e poderá ser anunciado nos próximos meses. Em virtude desse projetos e a manutenção do crédito a habitação deverá ser um dos marcos de crescimento da construção civil nos próximos anos, segundo Simão. Além disso, a realização do Copa do Mundo de 2014 no Brasil deverá resultar em investimentos. Para o presidente, o impacto da realização do evento terá efeitos significativos no setor. Estima-se que as inversões em infraestrutura e estádios para a realização do evento poderão ultrapassar R$ 85 bilhões. Somente em Belo Horizonte são esperados aportes da ordem de R$ 14 bilhões. Apesar disso, o presidente do Cbic alertou que há um atraso na discussão dos projetos para o mundial para os investimento em infraestrutura. “Há uma série de barreiras que devem ser vencidas já nos próximos meses”, disse. De acordo com ele, as dificuldades encontradas no país para a realização de investimentos poderão atrapalhar a realização da Copa de 2014. Para Simão, é necessário criar marcos regulatórios objetivas para que os aportes necessários sejam feitos. Entre os entraves, conforme Simão, estão a falta de regras definidas para a realização de investimentos, que muitas vezes são paralisados pelo Tribunal de Contas da União ou o Ministério Público Federal (MPF). Além disso, a dificuldade para a obtenção de licenciamento ambiental é um gargalo para o setor. Conforme ele, os investimentos do setor cresceram de forma significativa nos últimos anos. Em 2003 os aportes da indústria da construção civil somavam R$ 5 bilhões e passou para R$ 38,5 bilhões em 2008.