Estratégia agora é atingir o filão da baixa renda. O mercado imobiliário está investindo em moradias menores e mais baratas. Com o objetivo de atender aos consumidores de baixa renda, as construtoras estão oferecendo imóveis entre 45 e 50 metros quadrados com prestações mais baixas. Com área de lazer completa, os prédios têm muitos apartamentos para baratear os custos do empreendimento e torná-lo mais acessível. Foi o que revelou o presidente do Sindicato do Mercado Imobiliário e dos Condomínios de Minas Gerais (Secovi-MG), Ariano Cavalcanti de Paula. Segundo ele, essa é uma adequação que está sendo feita pelo mercado. “Acompanhado de uma série de fatores positivos trazidos pela estabilidade do cenário macroeconômico, ancorado pela oferta de crédito e pela demanda reprimida por vários anos, além do melhor acesso e novas modalidades de financimento, o segmento imobiliário aproveita para atingir o filão da baixa renda”, explicou. O presidente do Secovi-MG disse que a criação de produtos mais baratos já está se disseminando no mercado mineiro. “As empresas estão otimizando os materiais e o projeto. Assim, as construtoras conseguem baratear o preço do imóvel e oferecer apartamentos em escala maior para uma parcela da população que tem menor poder aquisitivo”, analisou. Orçamento – Ele informou que esse não é um fenômeno restrito ao consumidor com baixa renda. “Há a comercialização de imóvel de quatro quartos compacto para atender as famílias de classe média de forma que a prestação da casa atenda ao orçamento”, revelou. Ele informou que esse imóvel tem cerca de 125 metros quadrados, quando um convencional tem acima de 140 metros quadrados. A MRV Engenharia está apostando nesse mercado consumidor. De acordo com o diretor comercial da empresa, Ricardo Colares, o momento é muito positivo para o segmento imobiliário. “O consumo está muito aquecido. E as famílias com menor poder aquisitivo representam uma fatia interessante do mercado”, avaliou. Colares informou que as plantas dos apartamentos estão mais compactas, sem perder o conforto. “Há menos áreas perdidas e uma otimização do espaço, que garantem preços menores ao consumidor final”, explicou. O diretor comercial da MRV acredita que essa seja uma adequação de mercado. “Temos que atender às necessidades do nosso consumidor sem deixar de oferecer conforto, segurança e áreas de lazer”, informou. Segundo ele, com uma área de 45 metros quadrados é possível oferecer um apartamento de dois quartos a preços bem acessíveis. ALINE LUZ