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Siderúrgicas anunciam reajustes de preços

As siderúrgicas já avisaram os distribuidores que os preços do aço sofrerão novo aumento no mês que vem, o terceiro do ano. Segundo o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Christiano da Cunha Freire, o índice médio será de 15% e deverá ser repassado a empresas de vários setores, como fabricantes de automóveis, eletroeletrônicos, construção civil e máquinas e equipamentos. Os preços do aço já tiveram reajustes de 12%, em março, e de 15%, em maio, justificados pelas usinas com o argumento de compensar a alta das matérias-primas no mercado global, como o minério de ferro e o carvão. Com o novo aumento, os preços do produto ficarão quase 50% acima dos valores cobrados no final do ano passado. “Os aumentos ainda estão corrigindo a elevação de custos das siderúrgicas”, diz Freire. Segundo ele, mesmo com os aumentos de preço, o aço fabricado no País ainda ficará entre 5% a 7% mais barato que o importado. “A diferença em relação ao mercado externo abriu espaço para o novo reajuste”, observa o executivo. Além disso, a demanda por aço continua forte tanto no mercado interno como no externo. No primeiro quadrimestre deste ano, os distribuidores venderam 20% mais em relação a igual período do ano passado. Ao longo de 2007, o consumo cresceu 25%. De acordo com o Inda, a demanda está muito ajustada, ou seja, não falta aço, mas também não sobra produto. “Nesse cenário, o mercado não terá outra opção a não ser aceitar o aumento de 15% nos preços”, diz o presidente da entidade. “Quem não aceitar, vai ter que pagar mais caro pelo importado para não ficar sem aço.” Segundo ele, os distribuidores trabalham com margens baixas e devem repassar integralmente o aumento de preços para os seus clientes. “O que a rede normalmente tem feito é tentar dar transparência ao processo, avisando com uma certa antecedência o mercado sobre o aumentos de preços das usinas, para que as indústrias consumidoras comecem a negociar com seus clientes.” Para Freire, as empresas estão elevando o preço no mercado interno para balizar com os valores praticados no mercado internacional, onde o valor da tonelada subiu de US$ 650 para US$ 1 mil, em cerca de três meses. Freire aponta que a elevação nos custos de produção, em cerca de 37% nos últimos seis meses, ampliação do valor das commodities no mercado internacional. REPORTAGEM LOCAL e AE