As boas notícias na economia brasileira começaram a se consolidar e os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) relativos ao terceiro trimestre do ano, que vieram acima da média das expectativas, evidenciam isso. A redução da taxa básica de juros, a recuperação gradual do mercado de trabalho, a inflação sob controle, a elevação do crédito e o encaminhamento da reforma da previdência são alguns fatores que ajudaram a melhorar o ambiente macroeconômico e, portanto, contribuíram para a expansão.
Nesse contexto, o grande destaque é a Indústria da Construção. De 2014 a 2018, a queda do PIB do setor foi de 30%, enquanto a economia nacional registrou retração de 3,8%. Agora, os números evidenciam que a Construção é um dos segmentos que está fortalecendo a recuperação nacional. No terceiro trimestre de 2019, na comparação com igual período do ano anterior, a alta registrada foi de 4,4%, a maior dentre todos os setores de atividade. Deve-se lembrar de que a última vez em que o setor cresceu foi em 2013 e, por isso, esse resultado é importante, apesar da base de comparação ser deprimida.
As informações são do balanço anual do setor, divulgadas nesta quinta-feira (12) pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). A entidade também apresentou informações sobre o desempenho da Construção Civil no Brasil e em Minas Gerais, o cenário econômico nacional, a avaliação do mercado imobiliário, com os dados das cidades de Belo Horizonte e Nova Lima, financiamento imobiliário, índice de confiança do empresário da Construção Civil no Estado e as perspectivas para a economia nacional e a construção em 2020.
Em todas as análises comparativas, a Construção Civil cresceu, impulsionando o investimento e contribuindo positivamente para os resultados do PIB. Nos primeiros nove meses de 2019, em relação a igual período do ano anterior, o setor registrou alta de 1,7%. A melhora do ambiente macroeconômico e da confiança dos empresários contribuiu para esse resultado.
As vendas de apartamentos novos estão superiores aos lançamentos. Nesse contexto, vale ressaltar a importância do crescimento do financiamento com recursos da caderneta de poupança. Assim, mesmo com as dificuldades com o Programa Minha Casa, Minha Vida, o setor acumulou, nos primeiros dez meses do ano, um saldo positivo de 124 mil novas vagas com carteira assinada em todo o Brasil, o que correspondeu a 15% dos empregos formais gerados no período.
Importante destacar o quanto a Construção Civil ainda precisa fortalecer o seu crescimento. O setor está 30% abaixo do pico de suas atividades, que foi registrado no fim de 2013. Mesmo diante dessa situação, o início da reação do setor já contribui para impulsionar e dinamizar as atividades econômicas nacionais, como aconteceu nos últimos dois trimestres.
O balanço geral do setor em 2019 é claro: a Construção saiu do fundo do poço e mudou a rota. Deixou de cair e começa a trilhar o caminho do crescimento. Agora é essencial dar sustentabilidade a essa recuperação em todas as suas esferas de atuação.
Além dos resultados do PIB, o balanço do Sinduscon-MG também destaca: