O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) se posiciona contra o aumento do IPTU na cidade de Nova Lima, que pode chegar a 500%. O projeto que corrige os valores do imposto foi enviado pelo prefeito Vitor Penido à Câmara dos Vereadores. A votação seria realizada nesta terça-feira (19), mas foi adiada para o dia 26.
Para o presidente do Sinduscon-MG, Andre Campos, o aumento é infundado, pois o perfil de construção de Nova Lima não gera ônus ao município. “Os condomínios e prédios, característicos de Nova Lima, não oneram o caixa do município. Pelo contrário, muitos deles possuem segurança privada e infraestrutura própria, além de levar comércios, serviços e gerar receita para a região. A cidade cresceu, mas isso não significa mais gastos para a prefeitura.”
Campos acrescenta que a prefeitura está desconectada das demandas da sociedade por redução dos impostos. “Os brasileiros desembolsam mais que um terço do Produto Interno Bruto do país em impostos. A sociedade rechaça aumento da carga tributária e a prefeitura de Nova Lima está indo na contramão desse movimento. O crescimento da cidade não impactou os serviços oferecidos pelo município e não há justificativa para um aumento que pode chegar até 500%, como proposto pelas novas regras. Se a necessidade é gerar recursos, o caminho é otimizar a gestão e reduzir custos, não onerar ainda mais a sociedade”, reforça o presidente do Sinduscon-MG.
O Sinduscon-MG vai continuar acompanhando o assunto e reafirma que é absolutamente contrário a iniciativas que aumentem impostos sem a devida contrapartida em serviços que os justifiquem para toda a sociedade.