O ano de 2016 está na mesma rota de 2015. A constatação foi debatida na reunião da Câmara da Indústria da Construção, no dia 25/02, na sede da FIEMG. Nesse caminho estão deterioração fiscal, incertezas políticas, baixo patamar de confiança, queda na produção, recessão econômica, desemprego crescente, inflação superior ao teto da meta e juros altos.
O vice-presidente da Fiemg e presidente da Câmara da Indústria da Construção da Fiemg, Teodomiro Diniz Camargos, reconhece o momento difícil, mas ressalta que quem tem renda garantida continua concretizando as compras. “Também não podemos deixar de perceber que existem nichos de mercado atraentes que continuam acontecendo. A agricultura, por exemplo, não parou, e é um setor que movimenta a construção no seu entorno”, diz.
A construção poderá registrar o terceiro ano seguido de retração. Segundo a economistae assesora econômica do Sinduscon-MG, Ieda Vasconcelos, as perspectivas para 2016 não são alentadoras. “Sem a recuperação da confiança, o País não verá a retomada do crescimento econômico”, diz.
Ela apresentou dados da Fundação Getúlio Vargas, que mostram que as atividades do setor da construção sofrerão queda de 5% neste ano. Depois de apresentar queda de 0,9% em seu PIB no ano 2014, a Construção Civil deverá registrar, em 2015, a maior queda de suas atividades desde o ano 2003. As estimativas sinalizam que o setor encerrará o ano com queda de 8%. Para 2016 a FGV também projeta queda para o setor de -5,0%.Secretaria de Desempenho – A Secretaria de Desempenho da Indústria da Construção alinhou informações de seus projetos e ações, entre elas, o trabalho em parceria com o SENAI Paulo de Tarso, que já tem um layout do laboratório aprovado, com espaço para implantação de novos ensaios.
Segundo a secretária de Desempenho da Indústria da Construção, Mayra Soares, está prevista a reativação dos ensaios de esquadrilhas, além do estudo de ensaios da Norma a serem implantados de acordo com a demanda regional e a viabilidade econômica. “Em paralelo os ensaios em blocos cerâmicos de concreto estão buscando acreditação”, informou.
Fonte: Fiemg