Na última quarta-feira, dia 18 de dezembro, o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) divulgou à imprensa o balanço anual do setor, intitulado “O Desempenho da Construção Civil no Brasil e em Minas Gerais e do Mercado Imobiliário em Belo Horizonte em 2013 e perspectivas”. O documento foi elaborado pela Assessoria Econômica da entidade. Na ocasião, foi servido um café da manhã aos jornalistas, que puderam discutir com os representantes da entidade os fatores que influenciaram o setor em Minas e no Brasil.
O evento foi aberto pelo presidente do Sinduscon-MG, Luiz Fernando Pires, e em seguida a assessora econômica do Sinduscon-MG, Ieda Vasconcelos, fez a apresentação do balanço. Pelos números apurados junto a entidades, instituições e agentes do mercado, a Construção Civil no Brasil deve crescer perto de 2% neste ano.
Muitos fatores contribuíram para o crescimento abaixo o esperado, sobretudo a alta dos juros, a inflação persistente e a deterioração do ambiente de negócios no País. Luiz Fernando Pires lembrou que o desempenho do setor tende a acompanha a economia brasileira de forma geral, mas ressaltou que entraves burocráticos e a falta de incentivos ao setor produtivo têm tirado a competitividade da indústria. Contudo, diante das oportunidades, as perspectivas para 2014 são mais otimistas, para quando é esperado um crescimento maior, perto de 2,8%.
Uma das grandes oportunidades é o Minha Casa, Minha Vida. O 1º vice-presidente do Sinduscon-MG, André de Souza Lima Campos, destacou as qualidades do programa que veio tornar acessível a casa própria à população de baixa renda. Entretanto, o dirigente e empresário apontou a burocracia cartorial e a gestão de cadastramento de famílias por parte de algumas prefeituras como pontos que precisam ser trabalhados.
Já o vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, Lucas Guerra Martins, destacou que o mercado de Belo Horizonte se mostrou em equilíbrio entre oferta e demanda no ano 2013. Para ele, a retomada do crescimento da economia como um todo deve motivar o investimento das construtoras e elevar o número de lançamentos de apartamentos em 2014.