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Sobrou dinheiro? Compre um imóvel

Com a desvalorização da bolsa de valores e o futuro incerto da economia, cresce procura por apartamentos como investimento Paulo Boa Nova Diante do cenário de incertezas na economia, o setor imobiliário – uma tradicional opção de investimento há décadas – tem se tornado um atrativo também para quem buscava aplicações mais arrojadas. Investir em imóvel já era bom negócio quando a economia brasileira estava a todo vapor, no primeiro semestre de 2007. Agora, quando a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) já acumula perdas de 42,7% no ano, cresce ainda mais a procura por apartamentos residenciais nas administradoras de imóveis. São clientes em busca de rentabilidade a médio e longo prazo. “São pessoas que chegam pagando valores maiores e à vista. Eles compram e logo depois disponibilizam para locação. Isso não acontecia regularmente. Antes, o percentual desses clientes representava no máximo 5% do total das nossas vendas. Agora, já chega a 20%. A procura aumentou bastante de setembro para cá”, diz o superintendente da construtora e incorporadora Habitare, Alexandre Soares. O publicitário Artur Eliezer migrou da bolsa para os imóveis há cinco anos e não tem motivos para se arrepender. “O investimento no setor é seguro, porque tem uma base sólida. Além disso, já acompanhei outras crises na economia e nunca vi esses bens se desvalorizarem”, diz. Quando investiu na bolsa de valores ele não teve perdas, mas ficou inseguro. “Por não ser um conhecedor da área, fiquei receoso. Com os imóveis, a rentabilidade foi muito maior do que eu esperava”, conta. No primeiro semestre de 2007, os bons ventos do mercado de ações quase o levaram a recuar. “Fiquei tentado a aplicar na bolsa, mas a falta de conhecimento específico logo me fez desistir.” Ele tem procurado imóveis ainda na planta, onde é possível conseguir melhores condições na compra. Hoje, é dono de quatro apartamentos no Buritis e um no São Lucas. O primeiro será entregue no mês que vem e o investimento médio em cada um deles é de cerca de R$ 250 mil. “Tenho procurado adquirir um imóvel por ano e, por enquanto, tem dado certo. Antes de concentrar meu capital no setor, era difícil ter liquidez para comprar com essa freqüência”, revela. De acordo com o diretor da Lar Imóveis, Luiz Antônio Rodrigues, nos últimos 12 meses os imóveis residenciais obtiveram uma valorização média de 50% a 60%. Além disso, o aluguel do apartamento proporciona um rendimento mensal de cerca de 0,6% em relação ao seu valor total. “São investimentos palpáveis. Os clientes pegam a escritura e passam a usufruir imediatamente”, diz. Segundo ele, esse investidor tem um perfil definido: compra lojas ou galpões em centros comerciais na Região Centro-Sul e também apartamentos pequenos – mais valorizados para locação, já que a oferta é muito pequena -, que podem render até 1% do valor investido. Essa valorização, no entanto, afasta potenciais compradores. “O imóvel comercial é um sonho meu, mas o custo é muito elevado. O preço das lojas é tão alto que, no meu caso, acaba inviabilizando a compra. A venda desses imóveis acaba limitada aos peixes grandes”, lamenta o publicitário.