Fonte: CBIC
Segundo os dados da Sondagem da Indústria da Construção, divulgados nesta quarta-feira (20), no mês de fevereiro de 2024, o nível de atividade e o número de empregados na indústria da construção apresentaram-se em patamar superior ao observado no mês anterior, apesar de ainda registrarem uma queda. O índice de evolução do nível de atividade ficou em 46,2 pontos, enquanto o índice de evolução do número de empregados ficou em 46,0 pontos, ambos abaixo da linha divisória de 50 pontos, indicando queda, mas com resultados superiores aos registrados no mesmo período de 2023.
Apesar dessas quedas, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI) registrou um avanço em março de 2024, atingindo 53,8 pontos, demonstrando um otimismo crescente entre os empresários do setor. Todos os índices de expectativas também ficaram acima de 50 pontos, indicando confiança no crescimento. Ressalta-se que, em todos os casos, os índices são maiores do que as médias para meses de fevereiro de anos anteriores.
O índice de intenção de investir apresentou uma queda em março de 2024, atingindo 40,6 pontos, 3,9 pontos abaixo do registrado no mês anterior. Apesar disso, o setor ainda se mantém acima da média histórica, indicando uma postura favorável em relação ao potencial de investimento.
Além disso, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) caiu um ponto percentual entre janeiro e fevereiro de 2024, atingindo 67%. Esse valor é 2,0 pontos percentuais maior do que o registrado em fevereiro de 2023 e superior à média histórica para o mês, de 62,3%.
Segundo a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, as expectativas para os próximos meses continuam positivas. “Chama a atenção as expectativas, para os próximos 6 meses, que permanecem positivas para todos os itens: nível de atividade, emprego, compra de insumos e novos empreendimentos. O empresário do setor também está mais confiante. A perspectiva de continuidade da queda de juros, a melhora nas estimativas do crescimento econômico do País, a resiliência do mercado de trabalho formal, as novas medidas do PMCV, são alguns dos fatores que podem ter contribuído para isso”, destacou.
No geral, a indústria da construção mostra-se resiliente e otimista, demonstrando sua capacidade de adaptação e perseverança em um ambiente econômico desafiador.