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Taxa de condomínio mais baixa é diferencial

Áreas comuns. Em um mercado cada vez mais competitivo, tornam-se atraentes medidas que ajudam a diminuir o valor cobrado dos moradores Alessandra Mizher Classificados, sites especializados, redes e imobiliárias. Não faltam opções de escolha para a busca um imóvel. Entretanto, a facilidade encontrada para comprar ou alugar tem desviado a atenção de um dos detalhes mais importantes que devem ser observados antes de fechar o negócio: o valor da taxa de condomínio. Não raro, é possível encontrar excelentes opções imobiliárias repletas de valores agregados e que não conseguem ser comercializados, mesmo com o preço abaixo do oferecido pelo mercado. Nesses casos, o que impede a comercialização é a alta taxa estipulada para o rateio das despesas relativas ao uso da área comum. “Os proprietários que se atentarem para a diminuição do valor da taxa de condomínio poderão ter como conseqüência a valorização de seu imóvel para a venda ou aluguel. Qualquer medida que ajude a diminuir o valor da taxa será válida, principalmente em um mercado cada vez mais competitivo”, explica Carlos Eduardo Alves de Queiroz, presidente do Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindicon-BH). A entidade registra, em Belo Horizonte e região metropolitana, mais de 15 mil condomínios – dentre residenciais, comerciais ou mistos. Na capital, as 13 mil unidades, segundo Queiroz, pagam taxas que chegam a variar entre R$ 100 a R$ 4.000, dependendo, é claro, do tamanho, localização e número de unidades residenciais e serviços oferecidos pelo condomínio. “Em quase todos eles, independente do valor mensal da taxa, um dos maiores problemas é a inadimplência. Um dia após o vencimento, a taxa varia de 20% a 30%. No final do mês, reduz a 10% e, ao longo mês seguinte, embora a inadimplência diminua, ela ainda persiste. Nesses casos, quem acaba sendo prejudicado é o morador ou usuário, em caso de imóveis comerciais, que paga a taxa em dia.” Assim, o melhor a se fazer, segundo o presidente do Sindicon-BH, é a redução dos custos para a manutenção dos serviços condomínio. “Irá ganhar o proprietário que pretende vender ou alugar seu imóvel, aquele que irá permanecer utilizando-o e também quem está com dificuldade para o pagamento em dia a taxa”, completa. Economia. Corte de despesas e racionalização de uso dos recursos são melhor forma de reduzir taxa Alessandra Mizher Condomínio. Segundo Nicula e Alexandre Nahas, é possível reduzir 30% das despesas com ações simples Muitas construtoras já atentaram quanto à importância de taxas de condomínios mais reduzidas para facilitar a venda. Assim, importantes medidas de redução de custos já estão sendo introduzidas ainda durante a fase de construção em vários lançamentos imobiliários. Entretanto, poucos sabem que é possível também otimizar e diminuir a taxa ordinária destinada ao uso das áreas comuns de edifícios antigos. Os grandes responsáveis pelas despesas condominiais estão relacionados a pessoal e encargos trabalhistas, despesas com contas de água e energia elétrica e manutenção de equipamentos e limpeza. “Como não é possível fazer pesquisa de preço ou negociar o valor cobrado diretamente com as empresas fornecedoras de água ou energia elétrica, o melhor é conscientizar os moradores para o uso racional, evitando o desperdício”, explica Nicula Nahas, sócio da administradora Casa, empresa que atua há 43 anos no mercado. Para o uso da água, é possível instalar em cada unidade um medidor individual que registra o consumo de cada imóvel, impedindo distorções, principalmente no caso da divisão igualitária entre todos os proprietários. Assim, a taxa de condomínio se torna mais justa, pois cada um irá pagar pelo seu real consumo. Além disso, é fundamental que sejam feitas revisões periódicas nas tubulações das áreas comuns, principalmente dentro dos imóveis. “É mais barato contratar um bombeiro para reparos, em vez do desperdício com torneiras ou descargas mal reguladas. O ideal é que sejam feitas revisões de três em três meses.” Energia. Para a economia nas contas de energia elétrica, dentre as medidas indicadas está a instalação de sensores de presença em áreas comuns, como corredores, hall e garagens. As lâmpadas também devem ser trocadas por opções mais econômicas e, em caso de prédios muito antigos, a rede elétrica deve ser verificada com freqüência. “Os moradores precisam se conscientizar também no uso do elevador, evitando chamar mais de um ao mesmo tempo. Em horários de pouco movimento, o ideal é que um deles seja desligado”, completa Nahas. Empregados. A mão-de-obra é outro vilão das altas taxas de condomínio. Segundo o especialista, procure contratar profissionais que necessitem de apenas uma condução para o trabalho. Uma outra dica é a utilização de sistemas eletrônicos e de segurança eficientes, como portão automático na garagem ou alarmes, por exemplo. “O sistema de rodízio de funcionários também é muito eficiente para o corte de despesas. É melhor ter mais funcionários do que ter que pagar hora extra. A lei deve ser respeitada e os salários devem ser pagos sempre em dia e de forma correta, evitando assim custos trabalhistas posteriores.” Seguindo as orientações do administrador, é possível reduzir em média 30% do valor das taxas de condomínio. Existem variações que dependem do tamanho do edifício, número de funcionários e de unidades. Entretanto, o responsável deve estar sempre atento ao cumprimento das normas ou ao mau uso. “O síndico não é obrigado saber todos os detalhes de seu condomínio. Para isso, existem as administradoras, empresas especializadas no serviço de redução de custos e manutenção da qualidade dos serviços”, completa Nahas. Prevenção Manutenção evita gastos e desperdício As pastilhas do revestimento externo estão caindo. O elevador estragou. Apareceram rachaduras ou infiltrações no edifício. Qualquer condomínio está sujeito a imprevistos. Alguns deles são de fácil resolução, porém, outros podem exigir reformas imediatas e que poderão gerar custos extras aos usuários e dores-de-cabeça ao síndico. Segundo o presidente do Sindicon, Carlos Eduardo de Queiroz, o ideal é que sejam feitas manutenções regulares para evitar problemas. Mas se a prevenção não foi suficiente para evitar o transtorno, a reforma pode ser a solução imediata. Ela só deve ser iniciada após o conhecimento e aprovação da maioria presente em reunião. “O ideal é que se tenha um caixa de reserva para cobrir despesas de última hora. Procure não prorrogar o problema e execute as reformas em períodos propícios, como de poucas chuvas, por exemplo, para não desperdiçar tempo e dinheiro”, conclui. (AM)