Belo Horizonte está com um novo horizonte. O ano de 2010 certamente será lembrado pelo início de grandes mudanças no ordenamento da capital. A inauguração da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves que, desde o dia 04 de março, começou a abrigar a sede do governo estadual, veio redirecionar o crescimento urbano para o Vetor Norte e ser um marco de uma nova geografia local. Promete também outra configuração para a Savassi e o Centro, onde estavam e ainda estão – por pouco tempo – muitos prédios de secretarias estaduais. No caso da Savassi, a criação do Circuito Cultural Praça da Liberdade, anuncia um ambiente de conhecimento, cultura, ciência e entretenimento para a região. Essas transformações certamente reforçarão a condição de metrópole desenvolvida de Belo Horizonte. Sem dúvida, atrairão mais obras, mais empregos, mais turistas, mais investimentos. Na verdade, isso já vem acontecendo, uma vez que uma obra puxa a outra. Isto é, para que a Cidade Administrativa se viabilizasse era preciso vias de acesso estruturadas. Estão aí, a avenida Antônio Carlos e a Cristiano Machado/Linha Verde – uma em andamento e outra finalizada. Está aí também um movimento intenso do mercado imobiliário com novos lançamentos na Região Norte. E, se essa área vem crescendo em função do chute inicial das obras públicas, que estão levando consigo investidores privados a apostarem numa nova configuração urbana, outras áreas da cidade também vêm recebendo intervenções interessantes e necessárias – sejam do poder público municipal, estadual e/ou federal. São exemplos disso, o Boulevard Arrudas; as obras do Anel Rodoviário, que acabam de ser aprovadas; as do Complexo Viário Sul, também em andamento; as do Programa Vila Viva em favelas da capital, que engloba obras de saneamento, remoção de famílias, construção de unidades habitacionais, erradicação de áreas de risco, reestruturação do sistema viário, urbanização de becos, implantação de parques e equipamentos para a prática de esportes e lazer; além do Minha Casa, Minha Vida e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Todos esses projetos recentes atestam o novo horizonte que vem sendo desenhado para a nossa capital. Certamente muito ainda tem que ser feito, como obras na avenida Pedro II e do metrô, que vêm se arrastando há anos. E também aquelas que se fazem necessárias para a realização da Copa do Mundo em 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Mas, de um modo geral, Belo Horizonte está num bom caminho e vem recebendo olhares externos atentos à sua nova configuração. Não temos dúvidas de que isso é resultado de ações políticas executadas com competência. O que esperamos é que atuações sensatas, planejadas e estruturantes, sempre com vistas ao desenvolvimento, sejam marcas de nossos próximos governantes. Assim, continuaremos a vislumbrar e alcançar horizontes cada vez mais promissores. * Jorge Luiz Oliveira de Almeida é diretor de Comunicação do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).