Sinduscon – MG

Notícias

Home / Venda de imóveis sobe 38,57%

Venda de imóveis sobe 38,57%

No primeiro trimestre foram negociados 1.642 unidades, contra 1.185 em 2008. JANINE HORTA A venda de apartamentos novos em Belo Horizonte cresceu 38,57% no primeiro trimestre e 55,43% em março em relação a fevereiro. Nos três primeiros meses do ano foram negociados 1.642 imóveis, contra 1.185 no mesmo período do ano passado. A velocidade de vendas também aumentou em março, ficando 9,03% acima de fevereiro, alcançando 24,82%. Na comparação entre os trimestres, 2009 também foi melhor do que o ano passado em velocidade de vendas, com cerca de um ponto percentual a mais. Frente a esses dados, o otimismo do mercado imobiliário é alto, pois o bom momento começou mesmo antes do lançamento do programa “Minha casa minha vida”, do governo federal, e em plena onda de crise econômica mundial, que provocou uma retração nos negócios em vários setores da economia brasileira e até mesmo no mercado imobiliário nos primeiros momentos da crise, no último trimestre de 2008. Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), que divulgou ontem a pesquisa de vendas “Construção e Comercialização de Imóveis Novos”, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG), apesar de ter havido uma queda acentuada na venda de imóveis em novembro e dezembro do ano passado, o setor se recuperou rapidamente. “Num primeiro momento houve queda nas vendas voltadas para o setor de luxo, pois os clientes dessa faixa, mais vulneráveis ao comportamento do mercado externo, sentiram-se inseguros para investir em imóveis. Mas não houve registro de queda nas vendas dos imóveis populares, pois esses, voltados para um público cuja renda é ligada principalmente à situação do mercado interno brasileiro, não deixaram de comprar”, analisou o presidente do Sinduscon-MG, Walter Bernardes de Castro. Castro destacou, ainda, a atuação da Caixa Econômica Federal nos financiamentos para a manutenção da venda dos imóveis populares. “Mesmo antes do programa “Minha casa minha vida” a Caixa já vinha incentivando muito a aquisição da casa própria, facilitando ao máximo os financiamentos, e hoje assumiu uma postura ainda muito mais agressiva nesse mercado”. Na avaliação do presidente da entidade, o governo foi rápido na adoção de medidas que sanassem uma possível retração no mercado de imóveis e a tendência, com o programa recém-lançado, é que a venda de imóveis cresça ainda mais. “Os financiamentos de imóveis cresceram tanto que já estão atraindo bancos privados, como o Bradesco. No último Feirão da Caixa, houve empresas que não participaram pois já não tinham mais imóveis para vender, pois venderam tudo que lançaram”, destacou. Para o diretor Administrativo e Financeiro da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi-MG), Vinícius Araújo, a demanda por imóveis está alta, mas a oferta está conseguindo atender a essa demanda. “O investimento em imóveis tornou-se o negócio mais seguro do momento. Construtoras e consumidores estão atentos a isso. E não adianta esperar o preço dos imóveis cair para comprar. A tendência é que fiquem cada vez mais caros. Para as classes populares, o que irá segurar as vendas serão os finaciamentos da Caixa e o programa lançado pelo governo federal, que foi um verdadeiro pulo-do-gato”, concluiu.