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Vendas de imóveis retomaram o patamar pré-IPO

Segundo o presidente da Cbic, Paulo Safady Simão, “houve uma retração total no fim de setembro e em outubro”. São Paulo – As vendas de imóveis retomaram o patamar de 2006, antes da onda de lançamentos iniciais de ações (IPOs) das empresas de construção civil, segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão. “Houve uma retração total no fim de setembro e em outubro. O consumidor sumiu dos estandes, as empresas praticamente suspenderam lançamentos, e os bancos aumentaram os juros”, contou o presidente da Cbic. Diante desse cenário, o setor de construção solicitou ao governo que fosse concedido crédito para a continuidade do que estava sendo produzido. Paulo Safady Simão citou que o governo teve “agilidade excelente para tomar as medidas necessárias para o setor, diante da preocupação de que houvesse crise de confiança”. Segundo ele, a Caixa Econômica Federal tem pedidos em avaliação no montante dos R$ 3 bilhões que o banco tornará disponível para capital de giro com garantias adicionais. De acordo com o presidente da Cbic, os bancos comerciais ainda não se manifestaram sobre a concessão de recursos com capital de giro, funding que poderá ser necessário em meados de 2009 se os R$ 3 bilhões da Caixa não forem suficientes. Com as medidas anunciadas para o setor imobiliário, o ritmo de vendas registrado em 2006 foi retomado, segundo ele. “Estamos recebendo menos gente nos pontos de venda, mas as pessoas que estão deixando de visitá-los são as que iriam para especular”. Num primeiro momento, esse cenário é saudável, conforme o presidente da Cbic. “Mas vamos monitorar os próximos seis meses”, disse. Segundo Simão, o ritmo antes do acirramento da crise preocupava o setor, à medida que estavam sendo registrados problemas referentes a mão-de-obra e materiais. Em relação à habitação de interesse social, o presidente da Cbic disse esperar que, até o fim do governo Lula, o Plano Nacional de Habitação (Planhab) comece a ser implantado. Segundo ele, as medidas do programa elaborado pelo setor, chamado Moradia Digna, são muito próximas do Planhab. Os pontos de discórdia deverão ser discutidos. Simão defendeu que, para a habitação de interesse social, sejam concedidos não só subsídios no formato tradicional, mas também por meio de desoneração tributária, que está sendo pleiteada junto ao governo. Segundo ele, os impostos correspondem a 28% do preço de uma casa popular. Na quinta-feira, a Cbic vai se reunir com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, para conversar sobre obras públicas. Agenda – A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) entregou ontem a Mantega e a representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o levantamento “Construindo o Desenvolvimento: Agenda positiva do Setor de Construção”, em que solicita que medidas tomadas pelo governo para o setor imobiliário sejam estendidas à área de infra-estrutura. Entre essas medidas está a liberação de recursos para capital de giro no montante concedido ao setor imobiliário, segundo o sócio-diretor da LCA Consultores, Fernando Camargo. A LCA elaborou o levantamento a pedido da Fiesp. (AE)