O desempenho do segmento imobiliário em Belo Horizonte fechou o primeiro semestre de 2014 em alta em relação aos seis meses anteriores. Nessa base de análise, as vendas subiram 48,81%, passando de 883 apartamentos para 1.314 unidades comercializadas, enquanto os lançamentos tiveram incremento de 81,14%, saindo de 1.161 para 2.103 unidades. Os dados são da pesquisa Construção e Comercialização de Imóveis, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).
Outro indicador positivo do período foi a Velocidade de Vendas, cuja média saiu de 6,5% para 7,5%, alta de um ponto percentual. Segundo o vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, Lucas Guerra Martins, “o mercado imobiliário não seguiu o ritmo de redução de atividades observado no segundo semestre do ano passado, o que é positivo”.
Confrontando os primeiros seis meses de 2014 com igual período de 2013, o volume de lançamentos cresceu 30,06%, saindo de 1.617 para 2.103 unidades. Entretanto, as vendas recuaram 15,28%, passando de 1.551 para 1.314 apartamentos comercializados.
Ainda segundo a pesquisa, em junho deste ano, foram lançadas 599 unidades, alta de 74,13% frente às 344 unidades de maio. Já as vendas retraíram 5,51% em junho na comparação com o mês anterior, caindo de 254 para 240 apartamentos.
“O mercado imobiliário em Belo Horizonte continua apresentando oscilações nas vendas, alternando períodos de crescimento e queda. Assim, depois de aumentarem 103,2% em maio (em relação a abril), elas caíram 5,51% em junho (em relação ao mês anterior). Esse movimento é reflexo das incertezas macroeconômicas provocadas pelo cenário de baixo crescimento, pela inflação persistente e pela desaceleração da geração de emprego formal. Apesar disso, as perspectivas do mercado imobiliário são de expansão após esse período de volatilidade”, explica Lucas Guerra Martins.
Para alinhar a pesquisa com a dinâmica do segmento imobiliário da capital, a Ipead/UFMG adotou novas faixas de valores em junho. Naquele mês, pela nova classificação, dos 240 apartamentos vendidos, mais da metade, 123 unidades, tinham preços entre R$ 250 mil e R$ 500 mil. A segunda maior participação foi daqueles com valores até R$ 250 mil, com 92 imóveis comercializados. Na faixa entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão foram vendidos 19 apartamentos, outros cinco tinham preços de R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão e apenas um custou mais que R$ 1,5 milhão.
A Pesquisa – A pesquisa Construção e Comercialização de Imóveis é realizada mensalmente pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG) e divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Os dados são levantados junto a um grupo de cerca de 80 empresas de Construção em Belo Horizonte e é referente à comercialização de apartamentos novos.
Caso seja associado ao Sinduscon-MG, clique aqui e tenha acesso à integra da pesquisa.