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Fazenda prepara pacote de medidas para estimular setor de construção

A equipe econômica do governo está mais apreensiva esta semana, à medida que consolida o cenário de uma crise financeira global mais longa que o imaginado. Com isso, o governo começa a olhar com cuidado para a construção civil, que receberá medidas de estímulo. – Para este ano não há problema na construção civil, ao contrário. Existe alguma preocupação para o ano que vem, e já estamos pensando em medidas, que deverão ser anunciadas na próxima semana – informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega em entrevista ao “Jornal Nacional”, da Rede Globo. Além de medidas de crédito, deve ser acelerado o plano especial que o governo está preparando para o setor. Previsto anteriormente para meados de 2009, a proposta que está sendo elaborada previa modernização das cadeias produtivas, melhoria das habitações e aperfeiçoamento da mão-de-obra. Uma eventual desoneração de algumas etapas do setor também seria um opção. O governo acredita que a construção civil gera o “bom crescimento econômico”, com alta absorção de trabalhadores, desenvolvimento local e pouca importação, como ocorreu em países como Espanha e Irlanda. Lula: Bolsa “vai encontrar o equilíbrio” Mantega sinalizou que enxerga com naturalidade o adiamento de alguns investimentos. Segundo informou à Rede Globo, empresários talvez adiem seus planos por “alguns meses”: – Estamos hoje talvez num dos piores momentos da crise mundial, e é natural que nesse momento, pela intensidade da crise, mesmo os empresários brasileiros, que estão numa situação muito mais favorável (que em outros países) possam até repensar, digamos, esperar algum momento, alguns meses – disse o ministro. Ele disse ainda que, “se houver piora do mercado internacional”, poderá rever projeções do PIB, mas disse que, no momento, não há necessidade. Em conversas com ministros durante viagem à África, o presidente Lula tem dito que a crise não chegou à economia real, que “não é roleta:” – A gente não tem que ficar preocupado se a Bolsa sobe num dia e cai no outro. Ela vai encontrar o equilíbrio dela na medida em que o mundo desenvolvido der a tranqüilidade necessária que a economia precisa – afirmou. – Cada centavo produzido tem que ter uma peça, um pão, uma roupa e não apenas o sujeito querer ganhar dinheiro com facilidade.